O diretor de Pol�tica Econ�mica do Banco Central, Carlos Hamilton Ara�jo, adotou um discurso mais duro em rela��o � infla��o, durante apresenta��o do Boletim Regional do BC, em Florian�polis. Ele defendeu que o BC, com sua comunica��o, j� havia deixado avisado que poderia mudar a estrat�gia monet�ria e subir a Selic, o que ocorreu em setembro, quando a institui��o elevou a taxa de 11% ao ano para 11,25%.
Ele, no entanto, foi al�m da ata da �ltima reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) e de discursos anteriores e fez mais sinaliza��es para o futuro. "O BC deixou claro na ata do Copom que estar� especialmente vigilante. O que adicionei (agora) � que o Copom n�o ser� complacente e, se for adequado, ir� recalibrar a pol�tica monet�ria", reafirmou. "Para bom entender, pingo � i", disse em seguida.
Segundo Hamilton, em 2015 ainda teremos taxas de infla��o elevadas. Ele tamb�m afirmou que, "de fato", h� um processo de realinhamento de pre�os administrados em curso. Ele ponderou, no entanto, que em algum momento esse processo ir� se esgotar naturalmente.
C�mbio vol�til
O diretor do BC reiterou hoje que o c�mbio no Brasil � flutuante e que os mercados se tornaram vol�teis mais recentemente. Segundo ele, o programa de swap cambial tem funcionado bem e ajudado os mercados dom�sticos.
Hamilton foi enf�tico ao afirmar que "o programa de swap vai continuar nos termos j� anunciados at� o dia 31 dezembro". "O Banco Central tem reagido de maneira cl�ssica ao aumento da volatilidade dom�stica e externa", disse o diretor.
Sobre as quest�es envolvendo a Petrobras e as poss�veis consequ�ncias para os mercados, ele disse que o BC ajuda o mercado, independentemente da fonte de volatilidade no c�mbio. "A nossa rea��o contempla uma posi��o firme da pol�tica monet�ria", disse. Ele voltou a afirmar que para 2015 o BC considera a pol�tica fiscal neutra.
Cr�dito para empresas
Sobre o setor de cr�dito, Hamilton destacou que houve melhora nas condi��es de aprova��o de empr�stimos no Pa�s. Essa avalia��o � resultado de pesquisa feita pela institui��o entre 17 e 30 de setembro com 46 conglomerados e institui��es financeiras distintas. Segundo ele, no cr�dito para as empresas, a condi��o est� estabilizada desde o terceiro trimestre de 2013. "Para micro e pequenas empresas a gente observa aperto nas condi��es de aprova��o", disse.