Mais da metade dos 200 milh�es de desempregados no mundo est�o concentrados nos pa�ses emergentes, onde o crescimento impulsiona menos o emprego do que nos pa�ses industrializados, afirmaram nesta quarta-feira especialistas do FMI. Estas economias emergentes, como Brasil, China e R�ssia, re�nem 54% dos desempregados no mundo, enquanto que os pa�ses mais industrializados - Estados Unidos, Alemanha e Fran�a, entre outros - t�m um quarto disso (27%), afirmam dois pesquisadores do Fundo Monet�rio Internacional.
Segundo os resumos publicados, o crescimento econ�mico continua sendo "essencial" para combater o desemprego, mas n�o chega a ser a "cura" do mundo. Um ponto percentual a mais de crescimento econ�mico pode ter efeitos distintos conforme o pa�s.
O crescimento impulsiona a cria��o de postos de trabalho em 0,6% nos Estados Unidos e mais de 0,4% na Fran�a, segundo os especialistas Davide Furceri e Prakash Loungani. No entanto, esta acelera��o do crescimento econ�mico praticamente n�o teria impacto efetivo no aumento das contrata��es na China, e inclusive reduziria seu ritmo no Brasil e na Turquia, afirmam os autores do estudo.
"Para as economias emergentes, h� uma percep��o de que o desemprego reflete problemas estruturais que n�o podem ser simplesmente corrigidos com um maior crescimento", escrevem os autores poucos dias depois de um pedido do G20 para incrementar o PIB mundial.
O v�nculo entre o crescimento e o emprego seria "mais baixo" nas economias que os autores do estudo classificam como "fronteiras" entre pa�ses em desenvolvimento e emergentes (Argentina, Cro�cia, Jord�nia, Ucr�nia).