O governo est� decidido a recompor integralmente a al�quota do IPI para autom�veis a partir de 2015, segundo o presidente da Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culo Automotores (Anfavea), Luiz Moan. Ele se reuniu com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que, segundo Moan, reafirmou a decis�o do governo Dilma Rousseff de voltar a al�quota, como j� estava previsto. Mesmo com a alta do imposto, a Anfavea prev� que a venda de autom�veis ser� maior em 2015 do que em 2014 - mas ainda n�o tem um n�mero projetado, de acordo com o presidente.
Em 1º de janeiro, a al�quota para os carros populares subir� de 3% para 7%, enquanto o tributo para os carros m�dios subir� de 9% para 11% (no caso dos motores flex) e para 13% (a gasolina). "Eu toquei no assunto, mas a posi��o � de que h� decis�o do governo pela implementa��o da al�quota cheia do IPI em janeiro", disse, acrescentando que n�o pediu explica��es sobre os motivos. A decis�o sobre repassar a alta do imposto integralmente para o pre�o final ser� de cada empresa, segundo Moan.
"Vamos continuar trabalhando na produ��o, nas promo��es de venda e vamos continuar aqui. Estamos no Brasil h� mais de 90 anos e vamos continuar nos pr�ximos 90", disse Moan. Ele negou que o setor tenha planos de promover demiss�es. "A ind�stria tem seus trabalhadores em n�vel muito qualificado. A ind�stria sempre evitou fazer redu��o do pessoal pelo investimento que foi feito, ent�o vamos lutar o m�ximo poss�vel para continuar produzindo."
Moan comemorou que as vendas, em novembro, est�o superiores a 13 mil ve�culos por dia. "Em outubro, est�vamos brigando para atingir 13 mil unidades di�rias. Este m�s j� estamos brigando para superar outras metas."
O presidente da Anfavea afirmou, ainda, que o cr�dito para financiamento de ve�culos est� voltando. Em setembro, houve aumento de quase 8% no n�mero de ve�culos financiados, segundo ele. Em outubro, subiu em torno de 10%. "Na �ltima sexta-feira, tivemos a aprova��o da nova lei de retomada do ve�culo, que premia o adimplente e possibilita redu��o do custo do financiamento, seguran�a jur�dica para o sistema financeiro e vontade do sistema financeiro de voltar ao mercado financiando ve�culos", disse.
PSI
Na reuni�o desta quinta-feira, o principal pedido do setor para o ministro Guido Mantega foi, segundo Moan, para que as taxas do Programa de Sustenta��o do Investimento (PSI) para o pr�ximo ano sejam divulgadas o mais r�pido poss�vel. "Hoje falamos muito mais de m�quinas agr�colas, caminh�es e �nibus. A posi��o do ministro � que ele vai estudar e levar em considera��o", disse.
Hoje, as taxas do PSI s�o de 6% para caminh�es e �nibus e de 4,5% para m�quinas agr�colas. "O que solicitamos � que a taxa do pr�ximo ano seja divulgada o mais r�pido poss�vel, de forma a evitar interrup��es ou bolhas de consumo", explicou.
Questionado sobre a discuss�o a respeito da propor��o da mistura de etanol na gasolina, Moan disse que o estudo da Anfavea sobre o assunto ainda n�o foi conclu�do e que est� prevista reuni�o na tarde de hoje, na Casa Civil, para tratar do tema e conhecer o estudo da Petrobras, se estiver pronto.