S�o Paulo, 26 - A ind�stria de m�quinas e equipamentos deve apresentar quedas em torno de 10% tanto no faturamento quanto no consumo aparente em 2014 ante 2013, em termos nominais. A afirma��o foi dada nesta quarta-feira, 26, pelo assessor econ�mico da presid�ncia da Associa��o Brasileira da Ind�stria de M�quinas e Equipamentos (Abimaq), Mario Bernardini, durante coletiva de imprensa para comentar os resultados de outubro. No acumulado do ano at� agora, o setor acumula recuo de 15,5% no faturamento e de 16% no consumo aparente, em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado.
De acordo com a Abimaq, no acumulado de 2014, o faturamento est� 17% abaixo da m�dia. "Apesar da recupera��o na ponta, o resultado acumulado at� o m�s de outubro indica mais um ano de queda no faturamento do setor de bens de capital, o terceiro consecutivo", afirma a institui��o no relat�rio de divulga��o dos dados de outubro. A entidade destaca que, entre outras coisas, isso se deve ao fato de que, neste ano, os pre�os de m�quinas e equipamentos passaram a crescer menos que a varia��o de custos, reduzindo ainda mais as margens de lucro do setor.
No caso do consumo aparente (soma da produ��o nacional com as importa��es menos as exporta��es), a Abimaq pondera que, mesmo com a melhora registrada nos �ltimos meses deste ano, o n�vel de participa��o da produ��o nacional (28%) continua sendo um dos menores da hist�ria em rela��o aos importados (72%). Mas, na avalia��o de Bernadini, a perspectiva � de melhora no futuro. "Podemos esperar uma melhora no market share do produto nacional ao longo do ano que vem", afirmou. Para isso, defendeu, � preciso um d�lar ao redor de R$ 3, que equilibraria o Custo Brasil e parte das outras desvantagens no com�rcio internacional.
Para 2015, Bernardini previu que, em um cen�rio pessimista, com mudan�as no governo, risco de racionamento de �gua e energia, a Abimaq espera uma nova queda no faturamento. J� em um cen�rio "otimista", sem esses fatores negativos, ele afirmou que um prov�vel ajuste das contas p�blicas poder� permitir que o setor de infraestrutura, "devidamente incentivado", possa voltar a ser a "locomotiva de crescimento" do Pa�s, fazendo com que o setor tenha uma retomada do crescimento a partir do segundo semestre do pr�ximo ano.
Isso porque, de acordo o assessor da presid�ncia da Abimaq, no primeiro semestre o novo ministro da Fazenda, que deve ser anunciado nesta quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff, deve trabalhar para uma eleva��o da taxa b�sica de juros (Selic) acima de 12% ao ano, o que permitir� um ajuste das contas p�blicas, apesar de provocar uma recess�o na economia nos seis primeiros meses do ano. "Esse cen�rio otimista � mais um desejo do que uma possibilidade", ponderou Bernardini durante a coletiva.