Holland consultou Abimaq sobre amplia��o do lay-off

S�o Paulo, 26 - O secret�rio de Pol�tica Econ�mica do Minist�rio da Fazenda, M�rcio Holland, procurou a Associa��o Brasileira da Ind�stria de M�quinas e Equipamentos (Abimaq) na semana passada para consultar a opini�o da entidade sobre um poss�vel prolongamento do per�odo de lay-off (suspens�o tempor�ria dos contratos de trabalho).

A luta com o governo federal em prol do aumento para at� dois anos desse per�odo tem sido encabe�a por centrais sindicais e associa��es, como a Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea). Pela legisla��o atual, esse tempo pode ser de, no m�ximo, cinco meses.

De acordo com o chefe de gabinete da presid�ncia da Abimaq, Lourival J�nior Franklin, Holland procurou a associa��o na �ltima quarta-feira (19). "Ele quis saber a nossa opini�o sobre o lay-off e disse que estava avaliando junto a outros setores da ind�stria o que achavam", afirmou em entrevista ao Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, ap�s a coletiva de imprensa em que a entidade divulgou os resultados de outubro.

"Ele disse que queria deixar as diretrizes da proposta (de mudan�a da legisla��o) prontas para a pr�xima equipe econ�mica, caso n�o conseguisse concluir o projeto a tempo da mudan�a", afirmou, dizendo n�o saber mais detalhes da proposta.

Franklin disse ter respondido a Holland que a ind�stria de m�quinas e equipamentos n�o costuma usar o lay-off como mecanismo para equilibrar produ��o e estoques. "Mas dissemos que qualquer medida que venha a ajudar o trabalhador a n�o ser demitido � bem-vinda", ponderou em seguida.

Em outubro, a Abimaq registrou nova queda, dessa vez de 0,5%, no quadro de pessoal do setor, em rela��o a setembro de 2014, ao contabilizar 244.672 postos de trabalho. De acordo com a associa��o, esse � o menor n�mero desde o m�s de julho de 2010.

Modelo negociado

Ind�strias e centrais sindicais est�o negociando com o governo um modelo de lay-off baseado no sistema alem�o, que prev� at� dois anos de afastamento do trabalhador, sem que seja desvinculado da empresa.

Durante esse per�odo, ele permanece em casa e recebe parte do sal�rio pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) em forma de bolsa de qualifica��o, como ocorre atualmente.

A expectativa do setor industrial � que um proposta definitiva, batizada de Programa de Prote��o ao Emprego, seja apresentada pelo governo at� o fim deste ano e prolongue o per�odo de lay-off para pelo menos um ano.