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Estado de Minas

Cen�rio de turbul�ncia mundial representa desafios extras para novo ministro da Fazenda

Especialistas concordam que colocar pol�tica macroecon�mica em ordem � prioridade


postado em 30/11/2014 00:12 / atualizado em 30/11/2014 07:29

Rosana Hessel

A equipe de Joaquim Levy terá de ser ágil para aplicar o ajuste fiscal, uma vez que a conjuntura internacional não será favorável(foto: REUTERS/Ueslei Marcelino )
A equipe de Joaquim Levy ter� de ser �gil para aplicar o ajuste fiscal, uma vez que a conjuntura internacional n�o ser� favor�vel (foto: REUTERS/Ueslei Marcelino )

Bras�lia – A nova equipe econ�mica da presidente Dilma Rousseff, liderada pelo economista Joaquim Levy, tem pouco tempo para elaborar um ajuste fiscal e aplic�-lo a partir de 2015 para que a economia possa voltar a crescer. A mudan�a de estrat�gia foi bem recebida pelos analistas, mas sua aplica��o precisar� ser �gil. Al�m disso, o governo precisar� focar a capacidade do mercado interno, porque n�o poder� contar com o resto do mundo para retomar a expans�o do pa�s. Isso porque o cen�rio externo projetado por analistas para 2015 � de fortes turbul�ncias. Se o Brasil n�o fizer a li��o de casa, e logo, sair� extremamente prejudicado.

A maioria dos especialistas concorda com a avalia��o de que colocar a pol�tica macroecon�mica em ordem � priorit�rio para que o Brasil volte a crescer. A alta de apenas 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre n�o � suficiente para recuperar a confian�a do empresariado, que s� voltar� a investir no pa�s se a economia der sinais de estabilidade. Para isso, o governo precisa ser mais transparente e demonstrar controle das contas p�blicas, evitando gastar mais do que arrecada, deixando de lado as artimanhas cont�beis para cumprir as metas fiscais. Dessa forma, o Banco Central ter� mais liberdade para executar a pol�tica monet�ria e controlar a infla��o sem precisar exagerar no aperto dos juros, que j� est�o entre os maiores do mundo. Sem isso, o custo do cr�dito n�o voltar� para patamares que estimulem os investimentos, que despencaram de 19% para 17,4% do PIB no terceiro trimestre.

“O Brasil tem mais desafios internos do que externos a partir de agora. Se a nova equipe econ�mica n�o recolocar o pa�s nos trilhos, n�o h� d�vida de que os fatores externos v�o potencializar os problemas internos, que hoje s�o bem maiores”, alerta o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini. Ele recorda que, durante a crise financeira global iniciada em 2008, as na��es mais afetadas foram as ricas. Hoje o quadro se inverteu e o Brasil est� entre os mais fr�geis. “Os pa�ses emergentes, de fato, tiveram per�odos de bonan�a desde a �ltima crise, e, por conta disso, n�o se ajustaram. Agora, sofrer�o as consequ�ncias de uma pr�xima turbul�ncia”, completa Agostini.

APOSTA O novo direcionamento que Dilma deu � economia, ao colocar na Fazenda um t�cnico ortodoxo como Levy, foi muito bem recebido pelo mercado, e deu ao pa�s um voto de confian�a, adiando a previs�o de rebaixamento da nota de cr�dito do pa�s pelas ag�ncias de classifica��o de risco no in�cio do pr�ximo ano.

O economista-chefe da Votorantim Corretora, Roberto Padovani, por exemplo, diz que a sinaliza��o de ajuste dada pela nova equipe econ�mica foi boa e est� na dire��o correta. “O Brasil est� se preparando para um cen�rio perigoso. A gest�o macroecon�mica � sempre feita para monitorar eventos adversos.” Para ele, o caminho daqui para a frente � de grandes desafios.

Segundo Padovani, ao escolher Levy para comandar a nova equipe, Dilma deu um sinal bem claro de que est� se preparando para o enfrentar turbul�ncias. “O Brasil est� se fortalecendo ao reorientar sua pol�tica econ�mica. Est� se ajustando, finalmente, ao ambiente econ�mico atual”, acrescenta.

Eduardo Velho, economista-chefe da INVX Global Partners, destaca que o arrocho nas contas p�blicas, que amea�am sair do controle, � important�ssimo para reduzir o risco de piora na credibilidade do pa�s no mercado externo.


Cinco grandes riscos

Muitos perigos v�o rondar a economia global no pr�ximo ano. O alerta � do economista Nouriel Roubini, professor da New York University, que ganhou notoriedade ao prever a crise mundial de 2008. No recente relat�rio especial Cinco grandes riscos econ�micos para 2015, Roubini afirma que a chamada tempestade perfeita poder� ocorrer a partir do pr�ximo ano com a combina��o dos cinco elementos. O mais esperado deles � a possibilidade de a mudan�a da pol�tica monet�ria nos EUA provocar forte valoriza��o do d�lar. Na lista, consta ainda o risco de repeti��o da crise na Zona do Euro, a poss�vel implos�o da Abenomics, como � conhecida a pol�tica de inje��o maci�a de recursos na economia colocada em pr�tica pelo primeiro-ministro do Jap�o, Shinzo Abe. Um quarto elemento seria uma desacelera��o mais forte da China. O quinto grande risco � o geopol�tico, devido � multiplica��o de conflitos pelo planeta e a possibilidade de a epidemia de ebola, na �frica, se alastrar e causar danos financeiros e econ�micos.


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