S�o Paulo, 30 - O aumento no Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) no final do ano passado fez a American Express registrar a primeira queda em volume financeiro do seu cart�o pr�-pago desde que foi lan�ado, em 2011. O recuo foi maior entre novos clientes do que consumidores que j� estavam acostumados a utilizar o pl�stico em suas idas ao exterior, segundo Rose Meire Del Col, vice-presidente e gerente-geral para Am�rica Latina e Canad� da American Express.
No final do ano passado, o governo elevou o IOF de 0,38% para 6,38% e equiparou os pl�sticos pr�-pagos e de d�bito � taxa do cart�o de cr�dito. Sem revelar n�meros, Rose conta, por�m, que a medida teve impacto negativo acima das expectativas da companhia. "Fizemos todo um trabalho de orienta��o aos nossos clientes, mas, ainda assim, registramos queda no volume financeiro que foi maior entre os novos clientes. H� um efeito imediato e psicol�gico que impacta o volume financeiro dos cart�es pr�-pagos, mas, depois, uma acomoda��o", avalia Rose, em entrevista ao Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado.
Dados do Banco Central mostram que o volume financeiro movimentado por cart�es pr�-pagos despencou 72,5% nos nove primeiros meses de 2014 ante igual intervalo do ano passado, caindo de US$ 2,5 bilh�es para US$ 687 milh�es. Em contrapartida, o dinheiro em esp�cie, segundo o regulador, teve alta de 35,3% no per�odo de refer�ncia, atingindo US$ 7,7 bilh�es ao final de setembro.
Antes de 2014, primeiro ano da cobran�a da nova al�quota, o cart�o pr�-pago da American Express, segundo a executiva, apresentava expans�o em m�dia de mais de duas vezes ante 2011, quando foi lan�ado. Rose explica, por�m, que quando colocada na ponta do l�pis, a diferen�a da cota��o do d�lar turismo cobrado nas compras de moedas em esp�cie em rela��o � praticada no carregamento dos cart�es pr�-pagos de viagens ao exterior, em alguns casos, j� corresponde a metade do imposto cobrado. Se somados, conforme ela, os descontos em lojas oferecidos por meio do GlobalTravel Card, cart�o pr�-pago da American Express, toda al�quota de 6,38% j� � compensada.
Pesa ainda, conforme Rose, a quest�o da seguran�a. Isso porque � medida que os brasileiros optam por levar mais dinheiro em esp�cie para suas viagens ao exterior ficam mais expostos a assaltos fora do seu Pa�s.
Apesar do impacto do aumento do IOF no volume financeiro dos cart�es pr�-pagos, a modalidade j� d� sinais de recupera��o no segundo semestre deste ano, segundo a vice-presidente da American Express. Para o pr�ximo ano, ela espera que a cifra transacionada nos cart�es pr�-pagos volte a crescer, refletindo n�o s� uma base mais t�mida em 2014 bem como um melhor entendimento por parte dos consumidores em torno da nova al�quota do IOF.
Sustentam ainda a expectativa positiva de Rose o maior conhecimento das pessoas sobre o uso dos cart�es pr�-pagos em viagens ao exterior e a rede crescente de distribui��o da American Express no Brasil. Segundo ela, as unidades saltaram de menos de mil em 2011 para mais de cinco mil e continuam crescendo. Al�m de ag�ncias banc�rias, a bandeira tamb�m distribui seus cart�es em casas de c�mbio.
Neste ano, o t�quete m�dio do American Express GlobalTravel Card para cargas iniciais foi de US$ 1,3 mil e para recargas US$ 1,1 mil. As cidades que mais utilizaram o cart�o foram Orlando, seguida por Nova York, Miami, Paris e Londres. O cart�o da American Express est� dispon�vel em tr�s moedas: d�lar, que responde por mais de 70%, euro e libra esterlina.
No Brasil, a American Express oferece cart�es para pessoas f�sicas, jur�dicas e produtos de cr�dito, al�m de seguros, servi�os de viagens e outros. Em maio de 2006, o Bradesco desembolsou cerca de US$ 490 milh�es para assumir toda a opera��o brasileira da companhia.