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Estado de Minas

Novo ministro do Desenvolvimento ter� a miss�o de acalmar empresariado

Anunciado para chefiar o Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio, o senador Armando Monteiro Neto diz que a prioridade � a busca por mais competitividade


postado em 02/12/2014 06:00 / atualizado em 02/12/2014 07:13

Ex-presidente da CNI defende crescimento econômico pela via da indústria(foto: Uéslei MArcelino/Reuters)
Ex-presidente da CNI defende crescimento econ�mico pela via da ind�stria (foto: U�slei MArcelino/Reuters)

Bras�lia – Escalado para ser interlocutor com o empresariado, setor que se estranhou com a presidente Dilma Rousseff ao longo do primeiro mandato e mais ainda durante a campanha eleitoral deste ano, o senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE) foi confirmado ontem, oficialmente, como novo ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio (MDIC). Al�m de ser um aceno � parte do PTB que se manteve fiel a Dilma apesar de a c�pula partid�ria ter apoiado a candidatura de A�cio Neves, a chegada de Monteiro agrada a Pernambuco, estado que deu � presidente 70% de votos v�lidos no segundo turno da corrida presidencial.

Monteiro destacou, durante o discurso no Pal�cio do Planalto e na entrevista concedida aos jornalistas – a data da posse ainda n�o est� marcada – o mantra de busca da competitividade na ind�stria, prometido por Dilma durante o debate dos presidenci�veis na Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI). “Acho que h� espa�o para fazer pol�tica industrial como alian�a entre o setor produtivo e o governo para promover a competitividade”, disse ele. “Moldamos, nas �ltimas d�cadas, uma sociedade plural e conquistamos ineg�veis avan�os no campo social. E, mesmo diante das adversidades no campo econ�mico, nossa economia foi capaz de manter uma baixa taxa de desemprego, garantindo o crescimento da renda e do consumo das fam�lias”, acrescentou o petebista.

Ex-presidente da CNI, o novo ministro afirmou ainda que “a ind�stria tem papel central na agenda de crescimento do pa�s. Crescer pela ind�stria � sempre o melhor caminho”. Mesmo antes de assumir o cargo, Armando Monteiro j� questionou um dos pilares econ�micos do governo: o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES). O novo ministro admitiu que o banco teve participa��o importante no per�odo de crise, mas adiantou que n�o h� mais dinheiro dispon�vel para manter a pol�tica de empr�stimo dos �ltimos anos.

Mais do que isso: Armando defende que o banco tenha a atua��o mais voltada para as micro e pequenas empresas, j� que os grandes conglomerados econ�micos t�m condi��es de contrair empr�stimos no exterior. O BNDES tem sido o principal financiador das obras de infraestrutura do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) e abriu linha de cr�ditos para as principais empresas do pa�s, como a JBS Friboi e as empreiteiras investigadas na Opera��o Lava a Jato.

O banco tem sido alvo de queixas do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) que alega n�o conseguir fiscalizar o destino dos recursos emprestados, a juros subsidiados, �s empresas que t�m rela��o com o governo federal. “Desse jeito, nem vale a pena investigar. Eles n�o repassam as informa��es”, confirmou, em tom de desabafo, um analista do tribunal.

Reforma ministerial


Aos poucos, a presidente avan�a na forma��o da futura equipe ministerial. Ontem pela manh�, ela reuniu-se com o ministro da Sa�de, Arthur Chioro. A tend�ncia � de que ele, uma indica��o feita pelo prefeito de S�o Bernardo, Luiz Marinho, e avalizada pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, permane�a � frente da pasta.

No meio da tarde, Dilma reuniu-se com a presidente da rede Magazine Luiza, Lu�za Trajano. Dilma tenta, pela terceira vez, trazer para o Minist�rio da Micro e Pequena Empresa a empres�ria, uma das principais empreendedoras do pa�s no setor de varejo. O primeiro contato ocorreu ainda durante o governo de transi��o, em 2010, quando a pasta nem sequer havia sido criada. A segunda vez foi antes da oficializa��o do convite ao atual ministro, Guilherme Afif Domingos.

Sem sal�rios na transi��o


Bras�lia
– Em troca da remunera��o futura de R$ 26,7 mil, os ministros indicados para a Fazenda e para o Planejamento, Joaquim Levy e Nelson Barbosa, deixaram sal�rios vultosos nas institui��es em que atuaram antes. Levy abriu m�o de um vencimento de cerca de R$ 100 mil mensais como diretor de um bra�o de investimentos do banco Bradesco. E Barbosa, de uma somat�ria de sal�rios das v�rias fun��es que exerce no Rio e em Bras�lia.

O novo ministro do Planejamento � professor da Escola de Economia e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Funda��o Getulio Vargas (Ibre-FGV), e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), al�m de acumular as fun��es de membro dos conselhos de administra��o do Banco Regional de Bras�lia (BRB) e da Central de Cust�dia e de Liquida��o Financeira de T�tulos (Cetip). Os valores pagos em cada um dos cargos n�o foi liberado.

At� que seja votada no Congresso Nacional a altera��o no Or�amento que modifica a meta de super�vit prim�rio, contudo, ambos devem trabalhar sem remunera��o. “Eles n�o est�o recebendo nenhuma ajuda de custo. A escolha j� foi feita, eles v�o colocar no curr�culo o t�tulo de ministro de Estado. E voc� acha que ele se preocupa em trabalhar alguns dias de gra�a? Ainda mais no terceiro andar do Planalto, ao lado do gabinete da presidente. Isso demonstra um prest�gio imenso. Eles ainda ter�o tempo de escolher a equipe e conhecer a situa��o econ�mica do governo. Melhor cen�rio imposs�vel”, afirmou ao Estado de Minas um assessor do Planalto.

No per�odo de transi��o at� a posse oficial, a nova equipe decide os rumos da pr�xima pol�tica econ�mica no terceiro andar do Pal�cio do Planalto, a algumas salas de dist�ncia da presidente Dilma Rousseff. O governo, contudo, tem que correr. Segundo a Lei 10.609/2002, que define a institui��o de cargos de transi��o, Levy e Barbosa s� podem continuar nessa condi��o por 10 dias, ou seja, at� o pr�ximo domingo.

Mercado prev� que taxa de juro vai subir


Na semana em que o Banco Central definir� o rumo da taxa b�sica de juros, a Selic, o mercado financeiro aumentou a previs�o para essa vari�vel no final do primeiro trimestre do ano que vem para um n�vel ainda n�o visto antes para o per�odo: 12,25% ao ano. De acordo com o Relat�rio de Mercado Focus, divulgado ontem, as pr�ximas a��es do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) j� est�o dadas: o BC elevar� a Selic em 0,25 ponto percentual amanh�, para 11,50%, e repetir� a dose em janeiro, levando a taxa para 11,75% ao ano. Para o mercado, a taxa b�sica chegar� a 12% em mar�o de 2015, subir� para 12,25% e l� ficar� at� outubro. Em novembro, �ltima reuni�o do ano, a Selic voltar� para 12%, conforme o boletim Focus.

Pode-se dizer que os economistas de mercado n�o levaram a cabo as sinaliza��es dadas recentemente pela autoridade monet�ria. No dia em que foi confirmado � frente da institui��o, o presidente Alexandre Tombini refor�ou que o Copom deve se manter “especialmente vigilante” no atual cen�rio de ajuste de pre�os em rela��o � alta do d�lar e � aproxima��o dos administrados pelo governo aos praticados livremente. O mercado manteve a previs�o de 6,43% para a infla��o neste ano e reviu as proje��es para o Produto Interno Bruto (PIB), que ca�ram de 0,20% para 0,19%.


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