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Estado de Minas

Diante da escalada de pre�os, Copom pesa a m�o e aprova juros a 11,75%

Decis�o un�nime por alta de 0,5% na Selic turbina a taxa, que j� � a maior em tr�s anos


postado em 04/12/2014 06:00 / atualizado em 04/12/2014 07:14

Ap�s anunciar uma equipe econ�mica mais rigorosa do que a atual, tendo como comandante o ortodoxo Joaquim Levy em substitui��o ao desenvolvimentista Guido Mantega no Minist�rio da Fazenda, o governo deu um novo passo rumo a uma pol�tica mais dura no combate � infla��o. Diante da escalada dos pre�os, o Banco Central (BC) decidiu radicalizar. Ap�s ter autorizado uma eleva��o de 0,25 ponto percentual na taxa Selic em outubro, em decis�o dividida, o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) entrou em consenso por um aperto ainda maior na taxa, desta vez de 0,5 ponto percentual, ontem. Com isso, a Selic foi a 11,75% ao ano – o maior patamar desde agosto de 2011.

Mesmo tendo dobrado a intensidade do aperto na Selic, o BC fez quest�o de enfatizar, em um curto comunicado divulgado imediatamente ap�s o fim da reuni�o do Copom, que o combate � infla��o n�o ser� feito com doses cavalares de juros, ao contr�rio do que previa uma parte do mercado financeiro. No documento, o �rg�o chama a aten��o para os efeitos “cumulativos e defasados” da alta de juros. Por fim, refor�a que o “esfor�o adicional” da pol�tica monet�ria “tende a ser implementado com parcim�nia”.

O comunicado deixa claro, no entender do economista-chefe da Franklin Templeton Investments, Carlos Thadeu Filho, que o Copom n�o deve intensificar ainda mais a alta de juros e que o ciclo de aperto monet�rio n�o dever� se estender por muito tempo. “O comunicado quis enfatizar que o pa�s passa por um ciclo de incertezas, e que os pr�ximos eventos econ�micos dir�o se o aperto nos juros poder� prejudicar ou n�o ainda mais a lenta recupera��o da atividade”, assinalou. “No fundo, o BC est� reconhecendo que o crescimento est� muito lento. Por isso, ele est� tratando com mais parcim�nia”, disse.

ERRO A eleva��o dos juros acalma os analistas e investidores no mercado financeiro, mas � solu��o desgastada para o setor produtivo da economia. O modelo da pol�tica monet�ria segue equivocado, na avalia��o do presidente da Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado J�nior. “O rem�dio est� sendo ineficaz para baixar a febre (a infla��o), mas bastante eficaz para levar o paciente ao CTI”, disse em nota o empres�rio. A nova equipe econ�mica ter� o desafio de renovar as ideias e buscar novos mecanismos para conciliar crescimento econ�mico e infla��o baixa, para Machado J�nior.

O vice-presidente do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG), Pedro Paulo Pettersen observa que, na perspectiva de reverter expectativas ruins, com a Selic em 11,75% ao ano, o governo conta com um cen�rio mais favor�vel para investimentos e ajuste fiscal, medida mais tranquila de ser conduzida quando h� crescimento econ�mico. J� o diretor-executivo da Associa��o Nacional dos Executivos de Finan�as (Anefac), Miguel Jos� Ribeiro de Oliveira, acredita que o ciclo de alta n�o deve parar por aqui. “Depois da reuni�o de hoje (ontem) o Banco Central deve elevar a taxa em pelo menos mais um ponto percentual ao longo de 2015”, estima. Pelos c�lculos da Anefac, a taxa agora definida deixar� mais caro em R$ 688,20 o financiamento de um autom�vel avaliado em R$ 25 mil para parcelamento em 60 meses.


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