Bras�lia, 04 - Depois de ser "pr�-aprovado" pela presidente Dilma Rousseff, o projeto de lei que reformula as tabelas do Simples foi apresentado nesta quinta-feira, 4, pelo titular da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif, aos ministros que comp�em o novo "n�cleo duro" do governo. O conte�do causou boa primeira impress�o e ainda ser� analisado com lupa pela Fazenda.
Entretanto, os presentes na reuni�o acreditam que n�o haver� espa�o na agenda dos parlamentares para que o assunto seja votado pelo Congresso Nacional este ano, porque a prioridade m�xima agora � aprovar as Leis de Diretrizes Or�ament�rias de 2014 e 2015, conforme Afif afirmou ao jornal "O Estado de S. Paulo".
O encontro reuniu Aloizio Mercadante, da Casa Civil, Ricardo Berzoini, da Secretaria das Rela��es Institucionais, o futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e um representante do Planejamento, j� que o pr�ximo ministro da pasta, Nelson Barbosa, � um dos colaborados do projeto e preferiu n�o comparecer � reuni�o para deixar a equipe mais � vontade na discuss�o.
Na semana que vem, Afif vai se reunir com a Frente Parlamentar, com a qual j� havia firmado um acordo para aprovar o texto. "� um gesto para mostrar que cumpri o prazo de 90 dias conforme combinamos em agosto e agora eles teriam que aprovar a parte deles." O projeto de lei, que vai aumentar o teto de faturamento para que mais pequenas e micro empresas possam ser englobadas pelas facilidades do Simples, n�o deve encontrar resist�ncia dos deputados e senadores quando entrar em vota��o. O tema � popular entre os eleitores.
Novo teto
Atualmente, podem entrar no Simples empresas que faturam at� R$ 3,6 milh�es ao ano. O recolhimento � calculado com base em 20 diferentes tabelas. Na nova vers�o, ser�o cinco. E foram criadas mais duas faixas, uma para aquelas que faturam entre R$ 3,6 milh�es e R$ 7,2 milh�es e outra, para os limites entre R$ 7,2 milh�es e R$ 14 milh�es.
Apesar da nova equipe econ�mica ter a miss�o primordial de enxugar os gastos e aumentar a arrecada��o, Afif usa n�meros sobre a gera��o de emprego e de renda a seu favor na hora de abordar o tema.
"Eles v�o poder fazer o ajuste que for, mas a presidente Dilma havia deixado claro que � preciso haver um colch�o de amortecimento para n�o gerar desemprego", ponderou o ministro, e completou: "At� agora, foi dado muito incentivo para quem gera pouco emprego e dado pouca ajuda para quem gera muito posto de trabalho e de renda. Os n�meros s�o gritantes."