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Estado de Minas

D�vidas sobre pol�tica cambial mant�m press�o sobre o d�lar


postado em 05/12/2014 18:19 / atualizado em 05/12/2014 19:04

A disparada do d�lar observada desde que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sinalizou a possibilidade de encerrar o programa de swaps no fim deste ano se sustentou nesta semana, ainda que a cota��o tenha sido influenciada tamb�m por outras vari�veis internas e externas. O programa, que funciona como opera��es similares � venda de d�lares di�ria, serve para dar prote��o aos agentes econ�micos e teve in�cio em agosto do ano passado.

Mesmo que algum novo repique possa ser verificado com uma oficializa��o do fim da "ra��o di�ria", o fato � que a moeda saiu da casa dos R$ 2,50 e agora gravita pr�xima de R$ 2,60. Ao mesmo tempo, o an�ncio dos principais nomes da equipe econ�mica de Dilma Rousseff no fim de novembro acalmou o mercado em um primeiro momento, mas est� longe de ter eliminado a press�o.


Passada uma semana da indica��o de Joaquim Levy no Minist�rio da Fazenda e da perman�ncia de Tombini no BC, as d�vidas dos investidores sobre a pol�tica cambial para 2015 mant�m a oscila��o - leia-se "nervosismo" - em alta nos neg�cios com d�lar.

"O mercado de d�lar est� muito vol�til. Voc� olha o gr�fico todo dia e o porcentual entre a m�nima e a m�xima da moeda � sempre maior do que 1%", destacou o gerente de c�mbio da Correparti Corretora, Jo�o Paulo de Gracia Corr�a. "H� muitas d�vidas sobre o que ser� feito na �rea fiscal, sobre a quest�o da Lei de Diretrizes Or�ament�rias e sobre o futuro do programa de swaps."

No caso do c�mbio, uma parte da tens�o est� ligada ao programa de swaps. Quando Tombini afirmou, ao lado da nova equipe econ�mica, que o "estoque de derivativos cambiais ofertados pelo BC at� o presente momento j� atende de forma significativa � demanda por prote��o cambial na economia", a moeda disparou. A fala foi a senha para que investidores comprassem d�lares no mercado futuro, em meio � leitura de que em 2015 o BC pode n�o continuar com os leil�es di�rios.

Modula��o

O problema � que o pr�prio Tombini, posteriormente, negou que tivesse anunciado o fim da ra��o di�ria. Sem saber para que lado pende o BC, o mercado segue � espera de novidades. "O mercado tem d�vidas sobre a quest�o da autonomia em rela��o a Dilma Rousseff, mas respeita o Tombini", avaliou Jo�o Medeiros, diretor da corretora Pionner. "S� que a gente n�o tem estabelecido, efetivamente, o que o governo vai fazer. Passada a euforia, o mercado volta � realidade."

No evento do Pal�cio do Planalto, Tombini destacou os efeitos positivos do programa ao mercado, que j� chega a US$ 106 bilh�es. "Depois do pronunciamento, o mercado entendeu que o programa ia acabar, e o c�mbio teve uma resposta adequada", comentou o economista-s�nior do Besi, Fl�vio Serrano. A eleva��o, de acordo com ele, nem foi t�o expressiva nos dias seguintes, porque faltaram informa��es adicionais que subsidiassem a tend�ncia da moeda. "� dif�cil o mercado assumir uma dire��o mais clara para um lado ou para o outro, porque incorpora ainda incertezas."

Para ele, embora existam d�vidas, aparentemente o mais prov�vel � que esses leil�es di�rios se encerrem em dezembro. Apesar de �rido, o tema foi parar at� no debate eleitoral na disputa do cargo � presid�ncia da Rep�blica. O ex-presidente do BC e principal articulador econ�mico da campanha de A�cio Neves, Arminio Fraga, chegou a dizer que se o PSDB vencesse a elei��o e ele assumisse como titular da Fazenda, o programa estaria com os dias contados. Mas a indefini��o sobre os swaps ainda pode gerar muita volatilidade para a moeda, justamente em um m�s em que, sazonalmente, a cota��o costuma ser distorcida, entre outros fatores, por conta do aumento de remessas de lucros e dividendos de empresas brasileiras para suas matrizes no exterior.


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