Fazer poupan�a para a aposentadoria � um h�bito que o brasileiro aos poucos come�a a incluir no or�amento dom�stico, e o d�cimo terceiro sal�rio � uma boa op��o para come�ar o planejamento de longo prazo. Ao contr�rio do que muitos poupadores pensam, aportes a um plano de previd�ncia privada, por exemplo, podem ser feitos mensalmente, mas tamb�m com um �nico dep�sito ao ano. Valores mais altos podem beneficiar o investidor, reduzindo o custo com as taxas de administra��o. Em 2014, o d�cimo terceiro sal�rio est� injetando na economia R$ 158 bilh�es, sendo R$ 14,2 bi em Minas, uma oportunidade para come�ar a poupan�a.
Segundo especialistas, os investidores n�o devem se intimidar com valores que podem ser modestos, como parcelas de R$ 100 ao m�s. Alice Pedrosa, diretora de relacionamento da Sonar Investimentos refor�a que quanto mais cedo come�ar a poupar melhor para quem pensa em transformar o montante em renda complementar no futuro. A especialista explica que quanto menor o recurso investido maior ser�o as taxas cobradas para administra��o dos valores. Hoje, as chamadas taxas de carregamento variam entre 1% e 5% sobre o montante. Assim, pode ser mais vantajoso para o investidor aproveitar recursos como o d�cimo terceiro para come�ar sua poupan�a com um aporte maior, pagando taxas menores.
Em m�dia o d�cimo terceiro do brasileiro � de R$ 1.774. Se um trabalhador de 40 anos decide investir todo o seu benef�cio em um plano VGBL com tributa��o regressiva, o que significa que ap�s 10 anos ser� tributado com al�quota de 10%, ter� acumulado R$ 50,6 mil quando completar 60 anos e R$ 95,3 mil ao completar 70 anos, considerando uma taxa b�sica de juros anual de 4%.
Nas mesmas condi��es, se o valor investido for de R$ 5 mil ao ano, ao fim de 20 anos a poupan�a ser� de R$ 148,8 mil e depois de 30 anos de R$ 280,4 mil. “O investidor pode negociar com sua seguradora como vai usar o dinheiro. Pode sacar de uma s� vez ou reverter, por exemplo, em uma renda vital�cia. � importante dizer que o investidor tamb�m est� livre para fazer a portabilidade de seus recursos para qualquer seguradora do mercado”, aponta Alice Pedrosa.
As contribui��es dos brasileiros para planos de previd�ncia privada VGBL e PGBL s�o direcionadas a tipos diferentes de declara��o do Imposto de Renda (declara��o simples ou completa). Os investimentos nos dois modelos veem crescendo. A carteira do VGBL alcan�ou R$ 278,7 bilh�es em setembro, alta de 21,4% frente ao ano passado. J� a carteira do PGBL registrou R$ 87 bilh�es no mesmo per�odo alta de 11,9%, em rela��o a 2013, segundo dados da Federa��o Nacional de Previd�ncia Privada e Vida (Fenaprevi).
Especificidades Helder Lara Barbosa, presidente do Clube de Seguros de Minas Gerais, alerta que a previd�ncia privada � um tema que tem uma legisla��o espec�fica e detalhes t�cnicos. “O primeiro passo para o investidor � escolher uma seguradora s�lida e procurar um corretor de seguros especializado no tema que ir� acompanhar o seu investimento e ainda definir o seu perfil”, defende. Segundo Barbosa, o valor que deve ser poupado ao m�s ou ao ano vai depender do perfil socio-econ�mico das fam�lias e de suas expectativas de renda complementar � aposentadoria da Previd�ncia Social.
“Os gastos com educa��o dos filhos reduzem com o tempo, mas as despesas com plano de sa�de crescem. Tudo isso � levado em conta”, alerta. Helder Barbosa explica ainda que a modalidade de investimento VGBL ou PGBL � avaliada pelo corretor de seguros tamb�m sobre as perspectivas de datas para os saques, j� que as retiradas devem cumprir prazos para serem submetidas a al�quotas menores.