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Estado de Minas

BIS v� riscos em financiamento de empresas emergentes


postado em 07/12/2014 11:01

S�o Paulo, 07 - Empresas n�o financeiras de pa�ses emergentes est�o usando cada vez mais as filiais no exterior para conseguir cr�dito via emiss�o de d�vida. A tend�ncia cresceu nos �ltimos anos e come�a a chamar aten��o do Banco de Compensa��es Internacionais (BIS). Para a institui��o, essa busca de financiamento via filiais pode se tornar um problema e ter "implica��es financeiras" para pa�ses emergentes. Um dos riscos � que o endividamento das empresas e dos pa�ses emergentes seja efetivamente muito maior que o calculado atualmente. Outro problema � que recursos carimbados como "Investimento Estrangeiro Direto" (IED) possam ter como destino opera��es financeiras e a n�o atividade real.

Relat�rio divulgado neste domingo pelo BIS revela aten��o do BIS para o financiamento das empresas emergentes. Em meio a um cen�rio de grande liquidez internacional, estudo dos economistas do BIS Stefan Avdjiev, Michael Chui e Hyun Song Shin - que � chefe do Departamento de Pesquisa da casa - destaca o fen�meno de emiss�o de d�vida de companhias emergentes nos mercados internacionais. Entre 2009 e 2013, empresas emergentes n�o financeiras emitiram US$ 554 bilh�es em d�vida internacional. Cerca de metade desse montante - de US$ 252 bilh�es - foi via filiais no exterior, diz o BIS.

Para os pesquisadores, os dados trazem "evid�ncia de que as subsidi�rias estrangeiras de empresas emergentes n�o financeiras est�o atuando cada vez mais como intermedi�rios substitutos ao obter fundos de investidores globais atrav�s de emiss�o de b�nus e repatriar os proventos para a sede". Em pa�ses como a China, existiria US$ 1 emitido em d�vida n�o banc�ria para cada US$ 3 em cr�dito banc�rio. O estudo alerta que, diante desse cen�rio, "o c�lculo da d�vida externa baseada no princ�pio de resid�ncia pode ser problem�tico".

A preocupa��o do BIS trata da real exposi��o que empresas t�m � d�vida externa e eventual vulnerabilidade dos pa�ses emergentes a esse tema. Isso acontece porque o aumento da atividade das filiais como captadores de recursos nem sempre aparece adequadamente nos resultados corporativos e no balan�o de pagamentos dos pa�ses.

Os pesquisadores do BIS notam que h� casos em que recursos s�o transferidos entre filial e sede e, de acordo com as atuais regras, s�o classificados como "Investimento Direto Estrangeiro". Mas, apesar da classifica��o, o dinheiro poderia ser alocado em investimento financeiro de curto prazo pela matriz.

H� a percep��o de que o fen�meno est� mudando a "natureza da vulnerabilidade" relacionada � d�vida externa. Enquanto na crise de 2008 o grande problema foi gerado pelos problemas do setor banc�rio, o novo fen�meno aponta para uma vulnerabilidade "n�o banc�ria". Isso ocorre porque os cr�ditos tomados no exterior s�o feitos diretamente pelas empresas com a emiss�o de d�vida - o que reduz os controles que existem em opera��es como o cr�dito banc�rio.

H� ainda preocupa��o sobre eventual diverg�ncia entre as receitas e obriga��es dos tomadores de cr�dito, j� que a maioria dos empr�stimos � feita em moeda estrangeira, mas normalmente as receitas das empresas s�o em moeda local. Em um momento como o atual - de normaliza��o da pol�tica monet�ria dos Estados Unidos e fortalecimento do d�lar - as d�vidas em d�lar tendem a ficar ainda maiores na moeda local.

O estudo publicado dentro do relat�rio trimestral da entidade nota que essas transfer�ncias de filiais para matriz podem utilizar tr�s canais: 1) diretamente para a matriz (fluxo intracompanhia), 2) cr�dito para empresa n�o relacionada (fluxo intercompanhia) e 3) dep�sito banc�rio internacional (fluxo de dep�sito corporativo). "O fluxo de capital internacional para emergentes relacionado a essas tr�s opera��es aumentou consideravelmente nos �ltimos anos. A amplia��o desses fluxos foi dominada mais por opera��es financeiras que por atividades reais, o que pode aumentar a preocupa��o sobre estabilidade financeira."

Diante das v�rias possibilidades de transfer�ncia dos recursos de volta para a matriz, o estudo reconhece que "a d�vida externa calculada pelo conceito de resid�ncia pode subestimar a real exposi��o econ�mica de uma empresa que emprestou via filial". "Se a sede da empresa ofereceu garantias ao cr�dito tomado pela filial, ent�o a d�vida da subsidi�ria deveria ser devidamente parte do c�lculo global de d�vida da empresa", diz o texto. O procedimento, por�m, n�o necessariamente � usado pelas companhias.


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