C�mbio e petr�leo s�o riscos para emergentes, diz BIS

S�o Paulo, 07 - A volatilidade do mercado de c�mbio e a queda do pre�o do petr�leo aparecem como duas grandes amea�as � economia mundial. A avalia��o � do chefe do Departamento Monet�rio e Econ�mico do Banco de Compensa��es Internacionais (BIS, na sigla em ingl�s), Claudio Borio. "Esses desenvolvimentos ser�o especialmente importantes para as economias emergentes", disse em teleconfer�ncia com jornalistas.

A primeira preocupa��o citada por Borio s�o as taxas de c�mbio. Diante de pol�ticas monet�rias divergentes - com os Estados Unidos em processo de alta do juro e Europa e Jap�o ainda com medidas para relaxamento da economia -, o economista do BIS nota que as taxas de c�mbio podem ter tend�ncias mais pronunciadas de valoriza��o, no caso do d�lar, e queda, para o euro e iene, nos pr�ximos trimestres.

O segundo item de preocupa��o � a queda do pre�o do petr�leo em ritmo muito superior ao observado ante outras commodities. Borio destacou que o barril j� est� 40% mais barato na compara��o com o pre�o de junho. "Parte dessa queda reflete fatores de demanda que n�o s�o apenas relacionados com a desacelera��o da China, mas tamb�m refletem o aumento inesperado na oferta", diz.

Os dois fatores - c�mbio e petr�leo - tendem a afetar especialmente os pa�ses emergentes, diz Borio. A vulnerabilidade � criada pela grande exposi��o de alguns pa�ses �s commodities e tamb�m �s taxas de c�mbio. "Exportadores de commodities podem enfrentar desafios, especialmente aqueles que est�o nas fases posteriores ao crescimento do cr�dito e boom do mercado imobili�rio", disse, sem citar nenhum emergente espec�fico.

Ainda sobre o c�mbio, o chefe de departamento do BIS lembra que a alta do d�lar pode gerar descasamento para quem tem d�vida na moeda norte-americana. Isso ocorre quando as receitas s�o em moeda local e a d�vida � na divisa estrangeira. A valoriza��o do d�lar, nesse caso, pode tornar o compromisso mais caro na moeda local e comprometer maior fatia das receitas ou renda.