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Estado de Minas

Azeite de oliva, o elixir do Mediterr�neo, vai faltar este ano


postado em 09/12/2014 15:46

O azeite de oliva, uma b�n��o dos deuses do Mediterr�neo que, segundo cientistas, prolonga a vida, vai faltar este ano devido ao mau tempo e �s pragas. A p�ssima colheita de azeitonas na It�lia e em grande parte do sul da Europa amea�a n�o s� a sobreviv�ncia de alguns cultivos, mas tamb�m a possibilidade de compr�-lo a um pre�o acess�vel.

Os pre�os no atacado do azeite de oliva dispararam e os consumidores de todo o mundo certamente ter�o que pagar mais caro por este produto b�sico da elogiada dieta mediterr�nea, cujos benef�cios s�o destacados tanto por 'gourmets' quanto pelos nutricionistas. Nas montanhas da Toscana e da Umbria, na It�lia, onde se produz um azeite extravirgem de aroma sutil, as colheitas foram particularmente afetadas pelo mau tempo que dominou o �ltimo ver�o (boreal).

Na Espanha, produtora no ano passado da metade do azeite de oliva comercializado no mundo, deu-se uma combina��o fatal de seca e bact�rias que afetaram as oliveiras, o que pode fazer com que a colheita deste ano atinja apenas a metade da anterior. No sul da It�lia, por outro lado, uma bact�ria procedente da Am�rica do Sul est� sendo muito nociva para as oliveiras.



A mosca da oliveira


No cora��o da It�lia, onde alguns azeites apresentados em garrafas de luxo s�o degustados como os grandes vinhos pelos especialistas, � a mosca da oliveira que p�e em risco a produ��o. Em Fiesole, Toscana, a imprensa sofisticada de Cesare Buonamici deveria trabalhar a todo vapor at� o Natal. Mas as instala��es est�o paradas por falta de azeitonas para espremer. "Nossa produ��o caiu pela metade", explicou o experiente engenheiro.

Segundo o Conselho Internacional da Oliveira, os pre�os das azeitonas no atacado j� aumentaram 37% desde 2013, mas Buonamici avalia que o aumento do pre�o do azeite ao consumidor pode superar os 60%. A situa��o � a mesma um pouco mais ao sul, no s�tio de Tenuta Ronci, onde s�o cultivadas oliveiras e videiras. "Este � todo o azeite que nos resta e � do ano passado", explicou Federico Leszczynski, mostrando com amargura uma garrafa meio vazia, em uma manh� nebulosa de inverno. "Este ano n�o produzimos uma �nica garrafa", acrescentou.

Leszczynski � agr�nomo do s�tio, que tem 1.700 �rvores em pouco mais de 4 hectares de terreno, que em boas safras produzem at� 10 bilh�es de garrafas de meio litro de azeite extravirgem, vendidas a 8 euros cada uma. "No nosso caso, (a perda) ser� de 100%. Tomamos a decis�o de n�o produzir azeite este ano porque a quantidade de azeitonas �teis nas �rvores era t�o pequena que n�o valia a pena colh�-las", comentou. A mosca da oliveira � muito sens�vel ao clima. No centro da It�lia, uma combina��o de invernos frios e ver�es quentes costuma impedir seu desenvolvimento.

Azeite ran�oso

Mas, neste �ltimo ver�o, as temperaturas dignas do norte da Europa e as fortes chuvas favoreceram o ciclo de reprodu��o deste inseto, que p�e seus ovos sob a pele das azeitonas. "Em alguns casos, o azeite est� ran�oso. Mesmo algu�m inexperiente perceberia rapidamente", explicou o agr�nomo, dizendo que, infelizmente, n�o resta grande coisa para colher.

"Ao inv�s de tr�s gera��es (de moscas), este anos temos cinco, umas t�o agressivas quanto as outras e todas perigosas para os frutos", destacou. "Teriam sido necess�rios v�rios tratamentos, o que teria sido muito caro, al�m de ser nocivos para o meio ambiente, o que deixaria tra�as no produto final", acrescentou.

Mas a situa��o n�o � catastr�fica para todo o mundo. A produ��o das oliveiras foi muito boa este ano em Gr�cia e Tun�sia, cujos produtores esperam poder aproveit�-la para conquistar parte do mercado de alto n�vel. E o aumento recorde dos pre�os incita a plantar oliveiras em regi�es onde h� tradi��o ancestral. Segundo v�rios especialistas, a Austr�lia re�ne todas as condi��es para se tornar um gigante do setor.


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