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Estado de Minas

CPFL prop�e medidas para preservar caixa ap�s alta de custo com energia de Itaipu


postado em 10/12/2014 18:31

S�o Paulo, 10 - O presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira J�nior, defendeu nesta quarta-feira, 10, que a eleva��o de custo da energia das distribuidoras, decorrente do aumento de 46,14% na tarifa cobrada pela energia gerada em Itaipu anunciado ontem, seja acompanhada por alguma medida que preserve o caixa das distribuidoras. Duas alternativas foram cogitadas pelo executivo: a aprova��o de uma revis�o tarif�ria a partir de janeiro de 2015, quando entra em vigor a nova tarifa de Itaipu; ou a cria��o de uma conta a receber por Itaipu, a qual seria liquidada conforme o cronograma de reajustes anuais das distribuidoras abastecidas por Itaipu.

O reajuste de mais de 46% aprovado pela Aneel provocar� eleva��o de aproximadamente 12% nos custos da CPFL Energia e das demais distribuidoras atendidas por Itaipu, informou Ferreira. O c�lculo considera que aproximadamente 25% da conta de energia comprada das distribuidoras localizadas nas regi�es Sudeste, Centro-Oeste e Sul s�o, em m�dia, oriundas de Itaipu.

"A conta vir� em janeiro, mas meu reajuste n�o acontece em janeiro. Eu teria que pagar antes de acontecer o reajuste. H� um problema de fluxo de caixa", afirmou Ferreira a um grupo de jornalistas presentes em evento que marca os dez anos da abertura de capital da CPFL Energia. "H� duas sa�das. Ou uma revis�o extraordin�ria, dada a magnitude desse aumento, ou a negocia��o com Itaipu como se a empresa tivesse uma conta a receber conosco", complementou o executivo.

O modelo, relembrou o presidente da CPFL, foi adotado entre 1999 e 2000, per�odo da maxidesvaloriza��o do real. Para evitar que o efeito cambial provocasse distor��es no setor a partir da tarifa de Itaipu, esta dolarizada, foi negociado um modelo no qual as distribuidoras pagavam o valor adicional da energia � Itaipu somente ap�s a aprova��o do reajuste anual.

Ferreira destacou que a revis�o tarif�ria seria a alternativa mais interessante para as distribuidoras. Outra possibilidade, um novo aporte de recursos por parte do Tesouro, foi considerada improv�vel pelo executivo. O presidente da CPFL Energia tamb�m n�o demonstrou otimismo com a possibilidade de as distribuidoras receberem um novo empr�stimo banc�rio, nos moldes de duas opera��es realizadas neste ano que somaram R$ 17,8 bilh�es.

"H� evid�ncia de que n�o haver� dinheiro do Tesouro. E, no caso de um novo empr�stimo dos bancos, � um bom caminho, mas j� temos uma conta de R$ 17 bilh�es a pagar e pode haver aumento de taxas. Ent�o seria melhor algum tipo de aumento tarif�rio", afirmou Ferreira pouco antes, ainda durante apresenta��o para analistas e investidores realizada na sede da BM&FBovespa.

Os recursos dos empr�stimos banc�rios concedidos este ano foram utilizados na contabiliza��o de opera��es de compra e venda de energia no mercado de curto prazo e se encerraram neste m�s, com a liquida��o das opera��es de outubro. Entre novembro e dezembro, estima-se, as distribuidoras ter�o outros R$ 3 bilh�es a honrar. A contabiliza��o acontecer� nos meses de janeiro e fevereiro de 2015, respectivamente.

A situa��o provocada pelo reajuste de Itaipu poderia, inclusive, entrar na mesma rodada de negocia��es com o governo federal na qual deve ser discutida essa diferen�a de R$ 3 bilh�es. As distribuidoras, contudo, n�o poderiam discutir a situa��o de Itaipu at� que o reajuste fosse anunciado, o que ocorreu somente ontem.

Estima-se que somente o aumento do custo da energia de Itaipu ter� impacto equivalente a quatro pontos porcentuais na tarifa m�dia das distribuidoras nos reajustes a serem aprovados pela Aneel em 2015. O reajuste a maior das tarifas, em fun��o da devolu��o dos recursos oriundos do empr�stimo banc�rio, teria impacto de outros 12 pontos porcentuais na tarifa do pr�ximo ano.


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