Ata do Copom aponta para ajuste fiscal no in�cio de 2015, avalia a Tend�ncias

 A economista e s�cia da Tend�ncias Consultoria Integrada Alessandra Ribeiro avaliou nesta quinta-feira, 11, que a ata da reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), que elevou a Selic a 11,75% ao ano, j� considera a possibilidade de ajuste fiscal no come�o de 2015. Ao citar que "n�o descarta migra��o para a zona de conten��o fiscal" o documento, segundo ela, aponta para o ajuste fiscal, com medidas anunciadas pelo ministro indicado para a Fazenda, Joaquim Levy, logo ao assumir o cargo. "Tamb�m no �mbito fiscal, a ata cita restri��es ao cr�dito e ainda a elevada probabilidade de modera��o nas a��es de subs�dios".

Com isso, segundo Alessandra, o "call" da Tend�ncias � de uma nova alta, de 0,25 ponto porcentual, na Selic em janeiro (ante 0,50 ponto porcentual na reuni�o deste m�s), para 12% ao ano, com a perman�ncia da taxa b�sica de juros nesse patamar ao longo de 2015. A economista considerou "coerente" o Copom reconhecer na ata que a infla��o persistir� no curto prazo, resultado, de acordo com ela, do aumento de impostos e dos pre�os administrados no pr�ximo ano.

No entanto, Alessandra discordou do cen�rio apontado pelo Copom de que haver� uma converg�ncia da infla��o para o centro da meta em 2016. "O cen�rio de converg�ncia para meta em 2016 � pouqu�ssimo prov�vel, pois ainda teremos forte press�o de administrados naquele ano, principalmente de energia el�trica", explicou.

Ainda sobre o ajuste fiscal, Alessandra entende que a equipe econ�mica "anunciar� medidas duras, com aumento de impostos e corte de gastos", as quais dar�o "conforto ao mercado" e contribuir�o para segurar a Selic em 12% no pr�ximo ano. "O ajuste fiscal ser� relevante, pois temos de sair de 0,6% (do PIB) de d�ficit prim�rio (em 2014) para super�vit de 1,2% (em 2015), uma revers�o forte, de 1,8 (ponto porcentual). Mas � um ajuste cr�vel", concluiu.