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Estado de Minas

D�lar ignora a��o do Banco Central, sobe e fecha a R$ 2,651, maior valor desde abril de 2005

Autoridade monet�ria despeja US$ 2 bilh�es no mercado, mas n�o evita que cota��o da moeda dos EUA tenha nova alta


postado em 13/12/2014 06:00 / atualizado em 13/12/2014 07:24

Bras�lia – As cota��es elevadas do d�lar n�o t�m dado refresco aos brasileiros que planejam viajar para fora do pa�s. Nem mesmo ap�s o Banco Central (BC) aumentar a interven��o sobre o c�mbio, tendo despejado cerca de US$ 2 bilh�es no mercado, vendendo moeda diretamente �s empresas, a divisa norte-americana parou de subir.

Ontem, em mais um dia de tens�es, a moeda avan�ou 0,14%, para R$ 2,651. Foi o maior valor de fechamento desde 1º de abril de 2005. Mas o estrago poderia ter sido ainda pior. Durante o dia o d�lar chegou a bater em R$ 2,67 para a venda. A essa cota��o, o valor m�dio que um turista conseguiria fechar com um agente de c�mbio seria de R$ 2,80.

N�o ser� surpresa se, em poucos dias, as taxas sejam ainda mais elevadas, emendou o gerente de c�mbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo. “N�o vejo mais o d�lar a R$ 2,50 este ano, como estava h� apenas poucos dias. Hoje, a maior possibilidade � de que a moeda avance acima de R$ 2,70”, assinalou o especialista, condicionando a previs�o � manuten��o do quadro atual de indefini��o a respeito da condu��o da pol�tica econ�mica pelo pr�ximo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a falta de clareza das a��es do BC para tentar frear a alta do d�lar nos mercados financeiros. “Enquanto perdurarem as d�vidas a respeito de como ser�, de fato, a condu��o da equipe econ�mica e dos pr�ximos passos da pol�tica monet�ria, eu n�o vejo nenhum al�vio para o d�lar no curto prazo”, disse.


O BC fez ontem duas opera��es de venda de moeda com compromisso de recompra. Foi o quarto leil�o de linha realizado em apenas uma semana e meia. Nas duas primeiras ocasi�es, por�m, as opera��es foram anunciadas na sexta e realizadas apenas na segunda-feira seguinte, de modo a tentar influenciar as cota��es do d�lar ao longo da semana.

A estrat�gia teve de ser alterada em fun��o da escalada da moeda, que em uma semana j� avan�ou 2,23%. Mas, mesmo tendo ofertado diretamente �s empresas US$ 2 bilh�es, o BC n�o conseguiu reduzir a press�o de alta da moeda. Isso porque, nessa �poca do ano, � grande a procura pela divisa dos EUA por parte de multinacionais, que geralmente intensificam as remessas de lucros e dividendos paras matrizes em dezembro.

avers�o H� tamb�m fatores externos que pesam sobre a cota��o da moeda. “Os riscos est�o aumentando em �mbito global, por causa da queda abrupta dos pre�os do petr�leo”, sustentou o economista s�nior do Besi Investimento, Fl�vio Serrano. Os dois principais tipos de �leo negociados nos mercados internacionais registraram perdas recordes ontem. Os contratos de compra do barril de petr�leo WTI, negociados na bolsa de Nova York, cederam 3,1% durante a sess�o, a US$ 58,08. J� a unidade do tipo Brent chegou a US$ 61,92 na bolsa de Londres. Ambos os valores foram os menores desde meados de 2009.

A derrocada dos pre�os da commodities afetam n�o apenas pa�ses produtores do combust�vel mineral, mas sobretudo aqueles que enfrentam dificuldades econ�micas, como alto grau de endividamento externo e desarranjo nas contas p�blicas. “Em suma, o mercado est� fugindo do risco, e o Brasil, em fun��o dos resultados recentes da economia, tornou-se uma amea�a a investidores”, contou Serrano. Galhardo emendou: “E isso se reflete nas cota��es do d�lar, que n�o parecem ter outro comportamento que n�o seja de alta, pelo menos no curto e no m�dio prazos”, disse.


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