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Estado de Minas

Petrobras perde R$ 610 bilh�es na Bolsa e vale menos do que antes do pr�-sal


postado em 14/12/2014 09:07

S�o Paulo, 14 - Abalada pelas investiga��es de corrup��o e, mais recentemente, pela queda da cota��o do petr�leo, a Petrobras n�o para de sofrer os efeitos no pre�o de suas a��es. Sua cota��o afundou tanto que na sexta-feira passou a valer na Bolsa de Valores o mesmo que no primeiro ano do governo Lula, como se estivesse paralisada h� 11 anos.

A estatal brasileira vale hoje menos do que antes do an�ncio das descobertas do pr�-sal. Para os investidores do mercado financeiro, � como se as reservas gigantes de petr�leo, anunciadas em novembro de 2007, tivessem perdido todo o valor.

No auge da cota��o da empresa, em 21 de maio de 2008, seu valor a pre�os de hoje, j� considerando a infla��o, era de R$ 737 bilh�es. De l� para c�, queimou-se no mercado R$ 610 bilh�es. Para se ter uma ideia da dinheirama, � como se a companhia tivesse perdido toda a produ��o anual de Portugal. Ou quatro vezes o Produto Interno Bruto (PIB) do Uruguai.

Toda essa perda n�o se deve apenas ao inferno astral do momento. As perdas come�aram logo em 2008, por causa da crise financeira global. No ano passado, a Petrobras teve outra grande perda porque n�o p�de reajustar os pre�os da gasolina para n�o pressionar a infla��o. Em 2014, a cota��o estava come�ando a se recuperar, quando as not�cias de corrup��o atingiram a empresa. Foi assim que na sexta-feira a estatal passou a valer R$ 127 bilh�es.

Os n�meros j� ajustados pela infla��o foram compilados pela consultoria Econom�tica, a pedido do Estado. Aplicar a infla��o � importante porque traz o passado para os pre�os de hoje, como diz o gerente da consultoria, Einar Rivero. D� o real poder de compra do dinheiro. "O d�lar hoje est� caro ou est� barato? Eu digo que est� barato porque vale R$ 2,60. Olhando o d�lar de 2002 e aplicando a infla��o do per�odo eu teria de ter R$ 8,25 de hoje para comprar d�lares. Est� barato."

No caso das a��es da Petrobras, n�o h� quem arrisque dizer se o papel est� caro ou barato. S�o muitas as incertezas em rela��o � empresa, que ainda podem jogar os pre�os mais para baixo. N�o se sabe, por exemplo, o impacto no balan�o da companhia quando reconhecer - se reconhecer - as propinas pagas e denunciadas por ex-diretores. Nem sequer o balan�o auditado do terceiro trimestre foi publicado e, se isso n�o for feito at� 31 de janeiro, alguns bilh�es em d�vidas ter�o de ser pagos antecipadamente.

A empresa ainda enfrenta uma a��o movida por acionistas minorit�rios que pedem indeniza��es milion�rias na Justi�a americana. Para complicar, os pre�os do petr�leo est�o em n�veis que, no curto prazo, ajudam o caixa da companhia, mas se permanecerem por muito tempo na faixa dos US$ 60 podem inviabilizar investimentos - at� mesmo no pr�-sal.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo

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