Os pre�os das carnes devem, junto com hortali�as, legumes e algumas frutas, ajudar a limitar uma acelera��o mais expressiva do �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC), que mede a taxa de infla��o na capital paulista, este m�s.
A avalia��o � coordenador do IPC, o economista Andr� Chagas, da Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe). Como as carnes j� subiram muito neste ano e h� ind�cios de desaquecimento no consumo dom�stico nesta �poca, Chagas acredita em certa normaliza��o dos pre�os daqui para frente.
Os pre�os j� est�o perdendo f�lego de alta. Na segunda quadrissemana de dezembro (�ltimos 30 dias terminados nesta segunda-feira, 15) a varia��o das carnes bovinas no �mbito do IPC-Fipe diminuiu para 3,76%, ap�s 4,07% na primeira, enquanto a da carne su�na foi reduzida para 2,16% (de 2,67%).
J� os pre�os das aves ficaram praticamente est�veis, em 0,01%, depois de eleva��o de 0,85% na primeira leitura do m�s. "Na ponta (pesquisas mais recentes), as carnes bovinas, que chegaram a subir 5% h� dois meses, est�o na casa de 2%. J� as carnes su�nas est�o com alta de 1%, enquanto as aves est�o caindo quase 4%", disse.
Al�m da expectativa de certa devolu��o das altas recentes, os pre�os das carnes podem continuar desacelerando, impulsionados pela expectativa de redu��o nas exporta��es do produto, especialmente para a R�ssia, segundo Chagas.
Em sua avalia��o, da mesma maneira que a retalia��o de alguns pa�ses � R�ssia na compra de carnes, que aconteceu em meados de agosto, possa ter favorecido as exporta��es brasileiras, o agravamento da crise russa tamb�m deve diminuir o fornecimento do produto do Brasil �quele pa�s. "N�o necessariamente poder� ocorrer queda nos pre�os, mas a intensidade da alta pode se reduzir bastante", estimou.