O balan�o sobre o crescimento de vendas das distribuidoras de combust�veis foi positivo em 2014. Entretanto, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combust�veis e de Lubrificantes (Sindicom), Alisio Vaz, informou que as indefini��es na economia tornam o cen�rio nacional para 2015 uma inc�gnita para o setor.
As vendas das empresas associadas ao Sindicom totalizaram 105 bilh�es de litros comercializados este ano, representando expans�o de 6,1% em rela��o a 2013. “O mercado como um todo cresceu aproximadamente 5%”, salientou Vaz.
Segundo ele, relativamente ao volume de vendas, 2014 foi um ano surpreendente, apesar da baixa atividade econ�mica nacional. A gasolina foi o produto que mais se destacou, com expans�o de 7,7% nas vendas. No per�odo, as empresas filiadas ao Sindicom comercializaram 33 bilh�es de litros de gasolina, “mostrando o efeito do crescimento da frota de autom�veis (em torno de 3%) e da manuten��o do poder de compra das fam�lias”.
Em rela��o ao etanol hidratado, Vaz informou que, gra�as a atua��o da Ag�ncia Nacional do Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP), os problemas resultantes da sub-notifica��o do volume de vendas por algumas empresas j� foi resolvido.
De acordo com o sindicato, o desempenho do etanol hidratado em 2014 foi impulsionado pela desonera��o, em 2013, do Programa de Integra��o Social (PIS) e da Contribui��o para Financiamento da Seguridade Social (Confins), tornando a concorr�ncia equilibrada. Com isso, as vendas subiram 11,1%, somando 7,9 bilh�es de litros. Alisio Vaz disse, por�m, que, se forem computados os n�meros efetivos de produ��o, o crescimento fica entre 2% e 2,5%.
”Em consequ�ncia, o combust�vel que se destacou foi a gasolina”, reiterou. Segundo ele, h� predomin�ncia da gasolina sobre o etanol. “� mais econ�mico para o consumidor em praticamente todos os estados”. Ressaltou que s� vale a pena consumir etanol se a paridade de pre�os estiver abaixo de 70%, o que foi identificado em S�o Paulo, Mato Grosso, Goi�s e no Paran�.
Para o presidente do sindicato, caso seja alcan�ada efici�ncia na produ��o de etanol de segunda gera��o, redu��o do pre�o e o retorno da cobran�a da Contribui��o de Interven��o no Dom�nio Econ�mico (Cide) no pre�o da gasolina, provavelmente a rela��o de pre�o entre os dois combust�veis pode se tornar mais favor�vel ao etanol, levando o consumidor a optar pelo combust�vel.
Sobre o cen�rio para 2015, sustentou a dificuldade de previs�es, uma vez que “os pr�prios economistas t�m d�vidas a respeito do comportamento da economia”. Avaliou, no entanto, que, diante da amplia��o da frota de autom�veis, “o consumo de gasolina tende a algum crescimento". Admitiu que a perspectiva de aumento de pre�os relativos pode afetar a demanda de combust�veis no pa�s.
Segundo Vaz, a maior inc�gnita para o pr�ximo ano � o diesel, que tem correla��o forte com a expans�o econ�mica. Acrescentou que, dependendo do comportamento da economia, “o consumo do diesel deve crescer”. De acordo com o Sindicom, em 2014 a procura pelo produto subiu 2,9% nas distribuidoras associadas, cujas vendas atingiram 49,3 bilh�es de litros.