Bras�lia – Numa sess�o com volume reduzido de neg�cios na Bolsa de Valores de S�o Paulo (BMF&Bovespa), as a��es da Petrobras voltaram a registrar forte queda, refletindo not�cias negativas sobre a empresa divulgada na noite de ter�a-feira, �ltimo dia em que o mercado permaneceu aberto antes do feriado de Natal. O tombo da petroleira foi determinante para derrubar o Ibovespa, que recuou 1,46%, para 50.144 pontos. Na semana, por�m, o principal �ndice do mercado acion�rio ainda teve ganho de 0,99%.
O preg�o foi marcado por baixas oscila��es, embora, no fim, os pap�is da estatal tenham desabado: os preferenciais ca�ram 6,11%, para R$ 10,30; os ordin�rios recuaram 6,19%, a R$ 9,85. No ano, a desvaloriza��o chega a 35%.
Com a queda de ontem, a bolsa paulista interrompeu tr�s dias consecutivos de alta. Em meio � s�rie de den�ncias de corrup��o que assolam a Petrobras, a diretoria da estatal est� sendo processada por investidores dos Estados Unidos. Um dos argumentos � que a empresa distorceu o valor real dos ativos em documentos oficiais.
At� agora, a Justi�a brasileira acatou den�ncias contra 39 pessoas por acusa��es que incluem corrup��o, lavagem de dinheiro e forma��o de quadrilha. Neste m�s, os pap�is da estatal atingiram o n�vel mais baixo em quase 10 anos. As a��es tamb�m t�m sido afetadas pelo adiamento da divulga��o do balan�o do terceiro trimestre. A empresa contratada para fazer a auditoria recusou-se a assinar o documento, alegando problemas na veracidade dos n�meros.
Na ter�a-feira, ap�s o fechamento do mercado, a ag�ncia de classifica��o de riscos Moody's anunciou o poss�vel rebaixamento das notas de cr�dito da companhia em moeda estrangeira e local. Caso confirmada, a medida deixaria a Petrobras a um passo do grau especulativo. A revis�o, explicou a Moody's, est� relacionada � preocupa��o com os riscos de liquidez, que podem aumentar se a empresa n�o cumprir com exig�ncias de apresenta��o de resultados.
Ap�s dias de vaiv�m, o d�lar fechou a semana cotado a R$ 2,674 para venda, valoriza��o de 0,63% ante o real. Ontem, em dia morno no mercado, houve recuo de 1,12%. Com a falta de divulga��o de dados econ�micos �s v�speras da virada do ano, os investidores aproveitaram para corrigir parte da recente alta da moeda norte-americana, que chegou a romper a casa dos R$ 2,74.
Patamar Analistas acreditam que o d�lar continuar� se ajustando em um novo patamar, acima de R$ 2,60. Os dados sobre o crescimento da economia dos Estados Unidos tendem a provocar desvaloriza��o do real e de outras moedas de na��es emergentes. As aten��es tamb�m est�o voltadas para a R�ssia, onde o rublo perde for�a diante da queda nos pre�os do petr�leo.
Restando poucos dias �teis para o fim de 2014, o d�lar acumula no ano alta de 13,4% sobre o real. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, j� avisou que o programa de swaps cambiais — opera��es equivalente � venda de d�lares no mercado futuro – n�o acabar�. Mas, at� agora, n�o deu detalhes, o que tem deixado os investidores apreensivos.