S�o Paulo, 04 - O ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, acredita que seu pa�s e o Brasil s�o alvos de um ataque internacional encabe�ado pelos chamados "fundos abutres" com o objetivo de desestabilizar as finan�as da regi�o. Em entrevista ao jornal local P�gina 12, Kicillof citou como exemplo a not�cia de que o fundo Aurelius - que esteve nos holofotes do calote t�cnico da d�vida soberana argentina em 2014 - buscar� notificar a Petrobras sobre a quebra de cl�usulas financeiras (covenants) de b�nus emitidos pela companhia.
"Como detentor de b�nus emitidos pela Petrobras, o fundo pede a acelera��o dos b�nus (sua amortiza��o adiantada), o que equivale a arrastar a petroleira brasileira para o default (calote)", afirmou o ministro, comparando a iniciativa do fundo � situa��o vivida pela Argentina no ano passado.
"O ataque simult�neo contra Argentina e Brasil est� buscando gerar um infort�nio financeiro na regi�o. H� uma estrat�gia mais generalizada que est� utilizando a quest�o financeira como campo de batalha contra determinados processos pol�ticos", avaliou Kicillof.
Na opini�o do ministro, o Aurelius empurrou a Argentina para o default e agora est� concretamente atacando o Brasil. "Esses epis�dios ficar�o marcados como o desenvolvimento de uma guerra sem armas, desde o terreno judicial, e com objetivos pol�ticos", frisou.
Conforme noticiado pela
Ag�ncia Estado
no dia 29, o fundo Aurelius encaminhou uma carta aos detentores de b�nus da Petrobras convocando-os a formalizar uma notifica��o de quebra de convenant. De acordo com o documento, o Aurelius diz aos investidores que a companhia deixou de cumprir no dia 29 uma cl�usula que previa a divulga��o do demonstrativo financeiro n�o auditado do terceiro trimestre 90 dias ap�s 30 de setembro. O covenant envolve aproximadamente US$ 53,6 bilh�es em b�nus da companhia.
Para formalizar a notifica��o, � preciso agrupar 25% de investidores detentores dos b�nus, algo que o Aurelius pretende alcan�ar em menos de um m�s. Depois de receber a notifica��o dos investidores, a companhia brasileira ter� 60 dias para apresentar o demonstrativo financeiro n�o auditado do terceiro trimestre. Se a companhia n�o fizer isso, os 25% de detentores dos b�nus ter�o a op��o de pedir ou n�o a acelera��o do pagamento da d�vida.