S�o Paulo, 06 - Depois de a balan�a comercial registrar, em 2014, o primeiro d�ficit em 14 anos, a expectativa dos economistas � de que o saldo volte para o azul neste ano, mas com resultados bem modestos. As proje��es de super�vit das consultorias econ�micas ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo oscilam entre US$ 1,5 bilh�o e US$ 5 bilh�es. Apesar de as proje��es serem muito variadas, os economistas concordam num ponto: o super�vit deve ser sustentado pela queda na importa��es.
"Em 2015, vamos ter novas baixas nas importa��es e nas exporta��es", prev� Bruno Lavieri, economista da Tend�ncias Consultoria Integrada. A consultoria projeta super�vit comercial de US$ 1,5 bilh�o, com exporta��es de US$ 223,5 bilh�es e importa��es de US$ 222 bilh�es. Nas contas do economista, as importa��es devem recuar 3% por causa da desvaloriza��o do real em rela��o ao d�lar e do consumo interno fraco.
As exporta��o tamb�m v�o recuar, mas a retra��o ter� menor intensidade, menos de 1%. � que a queda dos pre�os em d�lar das commodities no mercado externo deve, segundo Lavieri, prevalecer sobre a desvaloriza��o do c�mbio, que poderia ajudar as exporta��es.
"A desvaloriza��o do real pode ser que ajude um pouco, mas n�o ser� suficiente para mais que compensar a queda de pre�os das exporta��es", afirma Lia Valls, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia.
"Em 2015, teremos um saldo levemente positivo de US$ 2 bilh�es", prev� o diretor de pesquisa da GO Associados, Fabio Silveira. Ele atribui parte desse desempenho ao c�mbio, que deve conter as importa��es, e ao avan�o das exporta��es de petr�leo. Segundo ele, a perspectiva para o resultado da balan�a comercial deste ano poderia ser muito pior se a economia americana n�o estivesse em recupera��o, o que, na sua avalia��o, amplia as exporta��es brasileiras para os EUA.
J� Francisco Pessoa Faria, economista da LCA Consultores, acredita que a recupera��o da economia americana ajuda pouco o resultado comercial do Pa�s. "O crescimento dos EUA tem mais a ver com a oferta e redu��o de custos, especialmente da energia, e tem impacto limitado. Al�m disso, a Am�rica Latina, que importa produtos do Brasil, est� ruim."
Faria espera um super�vit entre US$ 4 bilh�es e US$ 5 bilh�es para este ano, baseado na queda das importa��es. Ele ressalta que a queda na importa��o do diesel, em raz�o da produ��o da Refinaria Abreu e Lima, deve ajudar a reduzir as compras externas. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.