O novo presidente da Federa��o Nacional da Distribui��o de Ve�culos Automotores (Fenabrave), Alarico Assump��o J�nior, avaliou nesta ter�a-feira, que a queda de 7,15% no emplacamento de autom�veis, comerciais leves, caminh�es e �nibus em 2014 ante 2013 foi resultado de um "ano at�pico", marcado por eventos como a Copa do Mundo e elei��es, que diminu�ram os dias �teis de vendas, e por dificuldades pelas quais a economia brasileira passa.
Para 2015, o dirigente afirmou que o setor tem algumas "preocupa��es", entre elas a retomada da al�quota cheia do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a partir de janeiro deste ano. Segundo Assump��o, os efeitos do retorno do tributo aos patamares normais devem ser sentidos somente a partir de fevereiro e mar�o. "Acreditamos ter ainda de 35 a 45 dias de estoque sem incid�ncia das novas al�quotas", afirmou. De acordo com ele, em dezembro, a m�dia do estoque era de 44 dias, ante 50 dias em novembro.
Outra preocupa��o, acrescentou, � a restri��o de empr�stimos para ve�culos pesados por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES). Soma-se a isso a redu��o dos valores destinados ao Programa de Sustenta��o do Investimento (PSI) tocado pelo banco de fomento. Assump��o pondera, contudo, que h� um ponto positivo em rela��o ao programa: o fato de o setor j� conhecer as regras que vigorar�o neste ano, ao contr�rio de 2013, quando ele afirma que o segmento perdeu quase 60 dias � espera do an�ncio das regras.
Soma-se a essas preocupa��es um cen�rio externo desfavor�vel, sem nada que possa indicar forte crescimento da demanda, e um cen�rio interno marcado pela queda nos investimentos (resultado, entre outras coisas, da confian�a baixa); redu��o da expans�o do cr�dito para compra de ve�culos (que, em novembro, retraiu 4,9%, de acordo com o Banco Central); perspectiva de alta dos juros no Pa�s e do c�mbio desvalorizado.
Um ponto positivo para o setor, afirmou, deve ser a lei que facilita a retomada do bem, que entrou em vigor no in�cio de novembro de 2014. Segundo Assump��o, caso "pegue" de fato, a legisla��o dever� alavancar de 20% a 25% as vendas de ve�culos no Brasil. "Dentro de tr�s meses, poderemos sentir efeito de melhora da lei", prev�, ponderando que os efeitos da nova legisla��o n�o foram levados em conta na previs�o divulgada hoje pela Fenabrave de queda de 0,53% nos emplacamentos em 2015.