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Estado de Minas

Exporta��o de carnes deve voltar a bater recorde em 2015; bovina � destaque


postado em 07/01/2015 07:19 / atualizado em 07/01/2015 07:48

As exporta��es brasileiras de prote�na animal devem voltar a bater recordes neste ano. Em 2014, as vendas externas de carne bovina, su�na e de frango j� alcan�aram n�veis hist�ricos, com crescimento em volume ou receita, resultado da demanda aquecida. Para este ano a perspectiva de abertura de novos mercados em meio a um cen�rio de redu��o da oferta de animais em pa�ses concorrentes favorece o escoamento da produ��o do Pa�s. A proje��o de um real mais desvalorizado frente ao d�lar tamb�m refor�a a expectativa positiva de associa��es e empresas do setor em rela��o ao desempenho do mercado internacional. A tend�ncia � de que as exporta��es aquecidas compensem uma poss�vel desacelera��o do consumo dom�stico, mantendo os pre�os em patamares elevados.

Com a diminui��o do rebanho dos Estados Unidos e da Austr�lia e a crescente demanda dos pa�ses emergentes, o segmento de bovinos dever� apresentar o melhor desempenho entre as carnes. "A oferta de bois no mundo est� restrita, mas o Brasil n�o est� sofrendo com isso. Por outro lado, a demanda internacional vem crescendo, o que puxa os pre�os internacionais do gado", explicou Leonardo Alves, analista da Votorantim Corretora. A estimativa da Associa��o Brasileira da Ind�stria Exportadora de Carne (Abiec) � de que a receita com as exporta��es da prote�na bovina alcancem US$ 8 bilh�es ao final deste ano, valor que representa um aumento de 9,8% em rela��o � receita de US$ 7,2 bilh�es estimada pela entidade para 2014.

Em volume, a proje��o tamb�m � de obter novo recorde. De acordo com a Abiec, os embarques ao longo de 2015 podem totalizar 1,7 milh�o de toneladas, volume 7,6% superior ao esperado no ano passado. Os dados da associa��o levam em conta as exporta��es de carne in natura, mi�dos e processados. Considerados apenas os n�meros referentes � carne in natura, os dados informados pelo Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (MDIC) mostraram que a receita em 2014 atingiu o maior n�vel j� registrado ao somar US$ 5,736 bilh�es. O volume da prote�na in natura embarcado no ano passado totalizou 1,227 milh�o de toneladas, ficando muito pr�ximo do recorde de 1,286 milh�o registrado em 2007.

Al�m da China, que oficializou a reabertura de seu mercado � carne bovina in natura brasileira em novembro passado, o setor espera que em 2015 Jap�o e Estados Unidos tamb�m retirem seus embargos ao produto. "A principal vantagem do mercado norte-americano � o tr�nsito no Nafta. M�xico e Canad� tamb�m s�o importantes mercados consumidores de carne", destacou o presidente da Abiec, Ant�nio Jorge Carmadelli. O potencial de exporta��es do Brasil para os EUA � de 64 mil toneladas de carne bovina, principalmente de prote�na in natura. Segundo ele, as proje��es da Abiec ainda n�o incluem um poss�vel acesso aos Estados Unidos, ou seja, o volume de exporta��es do Brasil em 2015 pode ser ainda maior do que o previsto inicialmente. Hoje, o Pa�s exporta aproximadamente apenas 20% da sua produ��o de bovinos.

Com os pre�os internacionais da carne bovina elevados, a expectativa � de que os pre�os da prote�na e da arroba do boi gordo tamb�m permane�am altos no mercado brasileiro. "Em 2015, com uma redu��o da oferta e exporta��es aquecidas, os pre�os da carne para o consumidor ser�o altos e, para o produtor, os pre�os da arroba tamb�m continuar�o lucrativos", estimou o presidente da Associa��o Brasileira de Frigor�ficos (Abrafrigo), P�ricles Salazar, em entrevista ao Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado. De acordo com Alves, os pre�os elevados da prote�na bovina tendem a puxar tamb�m as cota��es das carnes concorrentes, como a de frango e a su�na.

Aves e su�nos

Ainda que a proje��o para as exporta��es de aves e su�nos seja de um desempenho mais modesto frente ao segmento de bovinos, a expectativa � de um forte ganho de margem para a produ��o desses animais. Os criadores e as ind�strias devem se beneficiar da redu��o das cota��es dos gr�os, que comp�em grande parte dos seus custos. Para a BRF, maior exportadora do segmento no Pa�s, os gastos com milho e soja representam de 20% a 25% do custo total das vendas das carnes in natura.

De acordo com estimativas da Associa��o Brasileira de Prote�na Animal (ABPA), o volume das exporta��es de carne de frango deve crescer entre 3% a 4% frente ao resultado de 2014, quando pouco mais de 3,6 milh�es de toneladas foram embarcadas. J� a previs�o para o segmento de su�nos � de uma manuten��o do desempenho observado no ano passado: volume inferior, mas com ganho de receita devido ao aumento do pre�o internacional da carne su�na. O valor mais alto da prote�na � resultado direto da queda da oferta mundial de animais.

Apesar do cen�rio positivo, a recente queda dos pre�os do petr�leo levanta a preocupa��o de que R�ssia, Venezuela e pa�ses do Oriente M�dio, todos importantes mercados consumidores das carnes brasileiras, reduzam as suas importa��es. No entanto, o foco do setor parece ser mesmo o mercado chin�s. "A China e a abertura de novos mercados ser�o mesmo o principal vetor de crescimento", disse Francisco Turra, presidente executivo da ABPA. Segundo ele, o governo chin�s deve habilitar no in�cio deste ano oito novas plantas brasileiras, sete produtoras de aves e uma de su�nos.


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