D�lar ajudou a puxar pre�os ao produtor de novembro, diz o IBGE

Rio, 07 - A valoriza��o do d�lar em rela��o ao real ajudou a impulsionar os aumentos de pre�os dos produtos na porta de f�brica da ind�stria de transforma��o na passagem de outubro para novembro. No entanto, os reajustes foram disseminados entre as atividades que integram o �ndice de Pre�os ao Produtor (IPP), incluindo as que n�o t�m rela��o direta com o c�mbio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

O d�lar teve valoriza��o de 5,20% em outubro, seguido de alta de 4,08% em novembro. Embora a moeda norte-americana tenha se valorizado menos, o IPP quase dobrou no per�odo, passando de 0,66% em outubro para 1,16% em novembro, ressaltou Cristiano Santos, t�cnico da Coordena��o de Ind�stria do IBGE.

"O d�lar reflete mais nos setores ligados a commodities, como fumo, papel e celulose. No setor de outros equipamentos de transporte tamb�m, porque depende da metalurgia b�sica e dos seus insumos", apontou Santos. Ele explica que os setores sob maior influ�ncia do c�mbio mantiveram os aumentos de pre�os em novembro, embora mais modestos do que os verificados em outubro. Mas o t�cnico defende que a disparada do IPP naquele m�s foi explica por uma tend�ncia generalizada de reajustes entre as atividades.

"Tem um n�mero maior de setores com varia��es positivas do que em outubro, 20 entre os 23 pesquisados. Ent�o � uma tend�ncia (de alta)", disse o t�cnico do IBGE. "Tem um movimento generalizado. Esse n�mero � forte, isso significa que tem certa difus�o desse n�vel (de alta nos pre�os) ao longo da cadeia", acrescentou.

Segundo Santos, n�o � poss�vel identificar os principais fatores que levaram aos aumentos dos produtos na porta de f�brica. "Cada um (segmento) tem uma explica��o diferente, que resultou nessa dispers�o", explicou. Apenas dois setores tiveram recuo nos pre�os em novembro: impress�o (-2,98%) e farmac�utica (-0,33%). J� a atividade de equipamentos de inform�tica ficou est�vel (0,0%).