Apesar do tom informal, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy aproveitou bate-papo com internautas no Facebook para refor�ar o discurso de ajuste fiscal e redu��o de subs�dios do governo. Em v�rios momentos, o ministro falou da necessidade de ajustar os gastos p�blicos e reduzir os incentivos do governo e voltou a sinalizar a eleva��o de tributos em um segundo momento do ajuste fiscal.
Levy explicou que tributos reduzidos no passado prejudicaram a arrecada��o do governo e "est�o fazendo falta". No entanto, admitiu que se o governo tiver que "ficar aumentando imposto" para conter o endividamento p�blico "vai ser mais dif�cil a economia melhorar". Por isso destacou a import�ncia de gastar menos do que arrecada.
Levy evitou responder quais impostos podem ser elevados. Levy deixou de responder, entretanto, se a Contribui��o Provis�ria sobre Movimenta��o Financeira (CPMF) ser� recriada e se o governo ir� tributar, com imposto de renda, as letras de cr�dito imobili�rio (LCI) e do agroneg�cio (LCA).
O ministro destacou tamb�m a import�ncia da conten��o dos gastos p�blicos no combate � infla��o e previu que o IPCA voltar� a cair apenas em 2016 se o governo conseguir fazer o dever de casa. O ministro n�o garantiu a corre��o real dos benef�cios previdenci�rios, mas apenas com base na infla��o. E defendeu as altera��es nas regras de concess�es do seguro desemprego, abono salarial e pens�es, anunciadas como o primeiro ajuste nas contas p�blicas. O ministro foi muito gen�rico ao comentar sobre c�mbio ao responder uma pergunta sobre o custo das viagens internacionais.
Entre os questionamentos que o ministro deixou de responder est� tamb�m o "novo socorro dos bancos p�blicos ao setor el�trico", que um internauta perguntou se n�o seria "repetir 2014". Pessoas interessadas em concursos p�blicos tamb�m encheram a p�gina de perguntas sobre a reposi��o de funcion�rio concursados no Banco Central e ficaram sem resposta de Levy.
No v�deo postado depois de responder �s perguntas, ele agradeceu a participa��o dos internautas e disse que responder� outras perguntas em novas oportunidades. "Foi muito bom. Teve um monte de perguntas que n�o pude responder, mas ter� outras ocasi�es. Eu prometo estar de volta", disse ele, que recebeu mais de 400 perguntas pelo Facebook. "Vamos estar juntos nessas mudan�as com a presidente Dilma Rousseff e trabalhando para o Brasil crescer, criar emprego, fazer aquelas coisas que a gente sabe que � o bom e o certo para o nosso Pa�s", concluiu, no v�deo de despedida.