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Estado de Minas

Com mercado desaquecido, indicadores mostram pessimismo de empres�rios

Mas, ainda assim, eles esperam que pa�s retome o crescimento com medidas da nova equipe econ�mica


postado em 11/01/2015 06:00 / atualizado em 11/01/2015 07:19

Os primeiros indicadores em 2015 n�o trouxeram boas not�cias para a economia brasileira. Estudos que tratam da infla��o, dos juros e do consumo mostram que o p�fio desempenho dos principais setores em 2014 ainda causar� reflexos neste ano. Tanto que a primeira edi��o do boletim Focus, divulgado toda segunda-feira pelo Banco Central com base na opini�o de 100 institui��es financeiras, reviu para baixo o avan�o do Produto Interno Bruto (PIB) neste exerc�cio, de 0,55% para 0,50%. Apesar disso, empres�rios do com�rcio, dos servi�os, da ind�stria e do campo desejam que os trabalhos da nova equipe econ�mica do Pal�cio do Planalto, agora sob o comando de Joaquim Levy, sinalizem a recupera��o do volume de produ��o, do cr�dito e das vendas.

Na pr�tica, os empres�rios aguardam pelos �ndices da esperan�a. Trata-se de indicadores que os orientam em medidas de curto e m�dio prazo, como investimento em m�o de obra, estoques e linhas de cr�dito. Em Belo Horizonte, onde mais de 70% do PIB � formado pela dupla com�rcio e servi�os, um indicador da esperan�a � o �ndice de Confian�a do Consumidor (ICC), calculado pela Funda��o Ipead/UFMG. Ele oscila de zero a 100, sendo 50 a fronteira entre a situa��o de pessimismo (zero a 50) e a de otimismo (50 a 100). Nos �ltimos 24 meses, todos os resultados foram abaixo da metade. O �ltimo, divulgado na ter�a-feira e referente a dezembro, ficou em 44,37.

O ICC orienta os empres�rios para os tr�s meses seguintes. O indicador � composto por seis sub�ndices, cujas notas tamb�m oscilam de zero a 100. O primeiro � a infla��o (nota 24,7 em dezembro): o avan�o dos pre�os na capital mineira foi de 6,91% no acumulado de 2014 e tende a permanecer em expans�o neste in�cio de ano. “Essa tend�ncia deve continuar. Para janeiro, espero uma infla��o alta, pois h� IPTU, reajuste da tarifa de �nibus (no fim de dezembro) e da energia el�trica (que deve ocorrer este m�s)”, disse Eduardo Antunes, economista da Funda��o Ipead, que ainda destacou outro indicador que ficou abaixo da linha da fronteira: o emprego (43,69).

A feirante Gerci dos Santos diz que suas vendas caíram pela metade(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
A feirante Gerci dos Santos diz que suas vendas ca�ram pela metade (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
A diferen�a entre o total de contrata��o e demiss�o na cidade ficou negativa em 2,6 mil postos em novembro no �ltimo balan�o dispon�vel pelo Minist�rio do Trabalho e Emprego (MTE). Em Minas Gerais, o saldo ficou negativo em 5.560 vagas. A abertura de vagas est� condicionada a novos investimentos, como ressalta a economista Ana Paula Bastos, da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte  (CDL-BH). “Este ano ser� de arrumar a casa”, diz a especialista, ao se referir ao novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Outro sub�ndice do ICC � a situa��o econ�mica do pa�s (nota 31,07).

PIB A nota baixa ajuda a entender a primeira edi��o do boletim Focus, que rebaixou a previs�o de alta do PIB no pa�s, de 0,55% para 0,50%. O baixo crescimento da economia previsto para 2015 foi sentida pelo sub�ndice do ICC chamado de pretens�o de compra (46,07). P�ssima not�cia para o com�rcio, cuja alta nas vendas, em 2014, deve ficar em torno de 2%, uma das menores dos �ltimos anos – a CDL-BH vai divulgar o balan�o nos pr�ximos dias. A pequena empres�ria Gerci dos Santos, fabricante de roup�es e toalhas, sente no bolso a redu��o nas vendas. Ela � dona de uma barraca na feira da Avenida Afonso Pena h� 25 anos: “Antes, eu vendia quase 30 pe�as por domingo. Atualmente, vendo 14 ou 15”.

Sua amiga Emy Martins Silva, que fabrica roupas de beb�, tamb�m deseja o retorno de bons resultados com os “�ndices da esperan�a”. “Sou feirante h� 27 anos e hoje (domingo passado) minhas vendas foram em torno de 30% menores do que eu costumava negociar. Para vir at� aqui, gasto R$ 50 de t�xi e R$ 35 do aluguel da barraca. Ao longo do ano, pago R$ 700 de uma taxa para expor a mercadoria na feira. Tomara que as vendas melhorem, porque est�o fracas”, disse.

Apenas dois sub�ndices do ICC ficaram acima de 50 pontos, mas com notas n�o t�o longe da fronteira: situa��o financeira da fam�lia em rela��o ao passado (54,52) e situa��o financeira da fam�lia (62,38). Pelo andar da carruagem, os lojistas acreditam que a recupera��o do ICC n�o ser� t�o f�cil. Para piorar, o juro deve subir, o que inibe a compra de bens dur�veis.

A taxa Selic, hoje em 11,75%, pode ultrapassar 12,5% em 2015, como acreditam especialistas. “As previs�es do mercado em dezembro de 2014 apontam que a meta da taxa Selic em 2015 pode fechar em 12,5% ao ano. Concordamos com ela, sendo que press�es inflacion�rias, principalmente relacionadas aos reajustes dos pre�os administrados e oscila��es do c�mbio, podem fazer a taxa alcan�ar o n�vel de 12,75% no fim de 2015”, conclui Caio Gon�alves, economista da Fecom�rcio-MG.


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