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Estado de Minas

Nova diretora do FMI, Carla Grasso foi executiva da Vale e consultora do Bird


postado em 14/01/2015 19:19 / atualizado em 14/01/2015 19:40

Escolhida pela diretora-gerente do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Christine Lagarde, para o novo cargo de diretora administrativa, a economista brasileira Carla Grasso conquistou a confian�a de Lagarde em raz�o da "lideran�a excepcional, pensamento estrat�gico e forte experi�ncia de gerenciamento operacional", de acordo com palavras da pr�pria diretora-gerente.

Na hierarquia do Fundo, Lagarde � a n�mero um, seguida pelo n�mero dois, David Lipton, que oficialmente tem o cargo de primeiro diretor-gerente adjunto. Carla estar� no terceiro n�vel, junto com dois diretores-gerentes adjuntos. Assumir� os cargos de diretora-geral adjunta e diretora administrativa no FMI no dia 2 de fevereiro - seu nome ainda precisa ser aprovado pela diretoria-executiva da institui��o.

Nas elei��es do ano passado, Carla assessorou o candidato tucano � Presid�ncia, A�cio Neves, na formula��o de seu programa de governo. Pr�xima ao senador eleito Antonio Anastasia (PSDB), coube-lhe finalizar a parte econ�mica do programa tucano, que continha pontos como a defesa de autonomia operacional do Banco Central. O plano foi coordenado pelo ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga.

O economista Mansueto Almeida, que trabalhou com Carla na equipe que assessorava o tucano no ano passado, diz que ela tem como ponto forte a organiza��o. "Ela � uma gestora muito boa, sabe lidar com as pessoas, � muito organizada", afirmou ao Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado. "Durante a campanha, resolvia qualquer problema. Ela � �tima para coordenar reuni�es, estabelecer e cumprir prazos. � muito eficiente."

A liga��o da executiva com os tucanos � antiga. Ex-mulher de Paulo Renato - ministro da Educa��o do governo de Fernando Henrique Cardoso -, foi secret�ria de Previd�ncia Complementar na gest�o do presidente tucano. Em Bras�lia, atuou tamb�m em fun��es nos minist�rios da Fazenda e do Planejamento, al�m de trabalhar para o gabinete da Presid�ncia.


A escolha de Carla para o cargo, segundo o FMI, levou em conta sua ampla experi�ncia tanto no setor privado como p�blico. Ela trabalhou por 14 anos na Vale, onde de 2001 a 2011 foi vice-presidente de Recursos Humanos e Servi�os Corporativos. Em sua passagem pelo cargo, teria coordenado, segundo fontes, um programa de demiss�o de 1,2 mil funcion�rios.

A executiva entrou na mineradora em 1997, logo ap�s a privatiza��o da empresa. Durante muito tempo, foi considerada uma esp�cie de bra�o direito do ent�o presidente da Vale, Roger Agnelli. Foi com a chegada de Agnelli ao comando da companhia que ela acumulou poderes e assumiu a diretoria de Recursos Humanos.

Pouco antes de deixar a Vale, Agnelli defendeu a executiva, que tem cidadania italiana e � apontada por executivos como algu�m de dif�cil trato. Agnelli a classificou como "dura, mas eficiente e exigente". "H� esse desgaste, mas diretora de recursos humanos � sempre complicado, n�o �?", disse, na �poca, em entrevista, sobre a reclama��o de ex-diretores de que "antes de demitir ela os fritava". Carla tamb�m fez altera��es no plano de previd�ncia da Vale que desagradaram aos funcion�rios, mas foram bem recebidas pelo mercado por terem como foco "tornar a corpora��o mais eficiente".

A economista foi consultora do Banco Mundial (Bird), onde, de acordo com a nota do FMI, ganhou experi�ncia com gastos p�blicos em pa�ses de baixa renda. Carla possui mestrado em Pol�tica Econ�mica pela Universidade de Bras�lia e ministrou aulas na Pontif�cia Universidade Cat�lica de Bras�lia, no Centro Universit�rio do Distrito Federal e no Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), em S�o Paulo.

Em nota, o FMI informou que realizou um extenso processo seletivo mundial at� escolher Carla. "Tenho plena confian�a de que encontramos uma gestora e l�der formid�vel para integrar nossa equipe", disse Lagarde.

Carla vai cuidar de toda as fun��es administrativas da institui��o, que tem sede em Washington e 188 pa�ses membros. Vai coordenar o or�amento, recursos humanos, servi�os gerais, tecnologia e auditoria interna. A executiva ainda vai supervisionar as opera��es do FMI nas �reas de desenvolvimento de capacidade e treinamento.


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