Bras�lia, 15 - O aumento da Cide sobre a comercializa��o de combust�veis ser� uma forma indireta de o governo Dilma Rousseff estimular o setor sucroalcooleiro. Isso porque a eleva��o da Contribui��o de Interven��o no Dom�nio Econ�mico (Cide) incidir� sobre a comercializa��o de gasolina e diesel. As empresas distribuidoras, notadamente a subsidi�ria da Petrobr�s, podem repassar esse aumento ao pre�o nas bombas. Essa alta da gasolina tornaria, assim, o etanol mais vantajoso ao consumidor.
O governo deve tamb�m manter a comercializa��o de querosene de avia��o isenta da Cide, como forma de evitar um aumento das passagens a�reas. O combust�vel � um dos principais custos das companhias. No caso do etanol, o governo Dilma tamb�m pode definir o aumento de etanol na mistura da gasolina, como forma de estimular a demanda pelo combust�vel fabricado pelas usinas sucroalcooleiras. Hoje, a gasolina vendida no Brasil tem 25% de etanol, �ndice que deve subir a 27%. O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, � favor�vel � essa medida e deve reunir o setor do etanol, no Pal�cio do Planalto, em 15 dias.
Na avalia��o do governo, apurou o jornal O Estado de S. Paulo, a recente queda no pre�o do barril do petr�leo � considerada passageira. O pre�o n�o deve voltar a subir com for�a, mas dificilmente permanecer� no atual n�vel - abaixo de US$ 50 o barril do tipo Brent -, o que facilita a cobran�a da Cide. Al�m disso, a al�quota deve ser baixa.
Finalmente, o governo j� negociou com o setor esse aumento da tributa��o, em processo semelhante ao ocorrido com a ind�stria automobil�stica, que aceitou a eleva��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no come�o deste ano. Desde 2013, ap�s uma forte crise no setor, o governo Dilma come�ou a estimular o etanol, com uma desonera��o de PIS/Cofins, o primeiro aumento na mistura da gasolina (de 20% para os atuais 25%) e a cria��o de uma linha de cr�dito do BNDES para o setor. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.