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Estado de Minas

'Efeito Levy' afetar� companhias com alta de tributos e tarifas


postado em 18/01/2015 13:19 / atualizado em 18/01/2015 13:35

S�o Paulo - A nova postura do governo na pol�tica econ�mica, visando aumentar a arrecada��o e cortar de gastos p�blicos, j� provoca efeitos nos diversos setores empresariais, como o de educa��o, que demorar� mais para receber recursos de financiamento estudantil. O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, j� sinalizou que pretende fazer ajustes na �rea tribut�ria, e o que deve ocorrer mais r�pido � a volta da Contribui��o de Interven��o sobre Dom�nio Econ�mico (Cide) na gasolina. O ministro confirmou o fim dos repasses do Tesouro Nacional para a Conta de Desenvolvimento Energ�tico (CDE), e o BNDES receber� menos recursos, reduzindo os financiamentos �s empresas. A expectativa de analistas � de que o chamado "efeito Levy" n�o deve parar por a� - pelo contr�rio, estaria apenas come�ando. Ponderam, por�m, que esses ajustes s�o necess�rios.

"A volta da Cide, por exemplo, influenciar� de forma geral a economia, em especial o consumo. As pessoas n�o v�o deixar de comprar combust�veis, mas devem gastar menos com outros produtos", comenta Gustav Gorski, s�cio e economista-chefe da Quantitas. Nesse sentido, o setor de varejo, que j� sente os efeitos do freio no cr�dito e da alta de juros, deve ser prejudicado. "O setor de transportes e log�stica tamb�m ser� bastante afetado com o aumento de custos provocado pelo retorno da Cide", lembra Celson Placido, estrategista da XP Investimentos.

Mas pelo menos um setor deve se beneficiar com a volta da Cide, sem que a inten��o do governo seja essa, de acordo com Gorski. � o de etanol, que perdeu competitividade para a gasolina nos �ltimos anos, por conta da conten��o nos pre�os deste �ltimo combust�vel para segurar a infla��o. "O governo, na verdade, quer elevar a arrecada��o, mas vai acabar ajudando o setor sucroalcooleiro", afirma o economista.

Conforme apurou o Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, os detalhes do retorno da Cide ser�o apresentados na quarta-feira, 21, ao setor sucroenerg�tico, que reivindica a retomada do tributo. Diante dessa expectativa, as a��es da Cosan, por exemplo, t�m sido impulsionadas - somente na �ltima quarta-feira, 14, subiram 2,14% e no dia anterior, avan�aram 5,80%.

Para a Petrobras, analistas consideram que um efeito desse tributo poderia ser a redu��o dos pre�os dos combust�veis na refinaria para que o consumidor final n�o sentisse o aumento causado pela Cide e a infla��o n�o fosse impactada. Essa possibilidade seria negativa para a estatal. O pre�o da gasolina, por exemplo, est� com um pr�mio de aproximadamente 70% ante os pre�os internacionais, mas, durante anos, a estatal praticou valores abaixo do custo da commodity e acabou acumulando perdas. Levy indicou, por�m, que haver� menor inger�ncia governamental na Petrobras, que "cada vez mais tomar� decis�es de pre�o segundo a avalia��o empresarial da companhia".

Energia

O setor el�trico � outro pego em cheio pela nova pol�tica econ�mica, j� que Levy afirmou que o Tesouro Nacional n�o far� mais o aporte de despesas or�ament�rias de R$ 9 bilh�es para Conta de Desenvolvimento Energ�tico (CDE), fundo setorial que bancou a pol�tica de redu��o da energia el�trica do setor implementada pela presidente Dilma no primeiro mandato.

Levy tamb�m � contr�rio a um empr�stimo de R$ 2,5 bilh�es �s distribuidoras pelos bancos p�blicos. Como consequ�ncia, prevalecer� o "realismo tarif�rio" defendido pelo ministro, com a transfer�ncia dos custos maiores no setor de energia diretamente para o consumidor. S�o previstos reajustes extraordin�rios, al�m da j� implementada pol�tica de bandeiras tarif�rias.

"Esse 'tarifa�o', que deve ser entre 30% e 40% nas contas de luz este ano, ter� efeito importante no setor produtivo, principalmente nos setores que fazem uso intensivo de energia el�trica", diz Placido, da XP. Entre esses setores, estariam os de alimentos, siderurgia, papel e celulose e produtos qu�micos, entre outros. "As consequ�ncias ser�o custos maiores e volumes e vendas menores", acrescenta.

Analistas apontam, no entanto, que muito maior que o efeito do tarifa�o nas contas de luz poder� ser o racionamento de energia que pode ser decretado ao final do per�odo chuvoso, em mar�o ou abril, que afetar� diretamente as el�tricas. "N�o est� chovendo em janeiro como previsto, e tudo indica que o racionamento de energia este ano ser� inevit�vel", diz o estrategista da XP. "O consumo de energia vai cair e, depois que o racionamento acabar, n�o retornar� logo aos patamares anteriores, a exemplo do que ocorreu em 2002. E as empresas do setor ter�o lidar com volumes menores de venda de energia".


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