A desacelera��o nos pre�os dos produtos agropecu�rios no atacado ainda ser� sentida pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor apurado pela Funda��o Getulio Vargas (FGV). No entanto, o indicador deve fechar janeiro com alta bem acima da taxa de 1,06% registrada na segunda pr�via do �ndice Geral de Pre�os - Mercado (IGP-M) de janeiro, previu Andr� Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).
O per�odo de coleta de pre�os para o c�lculo do �ndice mensal foi de 21 de dezembro a 10 de janeiro, ou seja, a infla��o s� captou um ter�o dos reajustes concentrados no primeiro m�s do ano. Os principais impactos devem vir da inclus�o do sistema de bandeiras tarif�rias no c�lculo da conta de luz, dos reajustes de �nibus urbano em S�o Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador, al�m do aumento das mensalidades escolares.
"Foram apenas 10 dias para incorporar os aumentos mais expressivos do m�s. Ent�o o fechamento de janeiro trar� um IPC muito acima disso. E ainda tem a press�o dos alimentos in natura, que vem forte. Ent�o vamos ter um janeiro bem alto", alertou Braz.
O economista ressaltou que, apesar da press�o inflacion�ria aparentemente maior, o m�s de janeiro deste ano pode ser considerado at�pico. "Existe de fato uma press�o inflacion�ria maior, tanto que � esperado que o Banco Central volte a subir a taxa b�sica de juros. Mas janeiro est� at�pico, principalmente por conta da mudan�a na conta de energia, que vai antecipar parte do reajuste da data de renova��o dos contratos", explicou ele.
Braz espera que o IPC volte a apresentar taxas menores a partir de mar�o, dependendo do comportamento das contas de energia el�trica. A segunda pr�via do IGP-M de janeiro registrou eleva��o de 0,55%, ante alta de 0,65% na segunda pr�via de dezembro.