Os cortes seletivos na oferta de energia el�trica no sistema das regi�es Sudeste e Sul, determinados pelo Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS) na tarde desta segunda-feira, 19, foram de natureza "conjuntural", de pouca complexidade e n�o parecem estar relacionados a excesso de demanda, afirmou nesta segunda-feira, o professor Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor El�trico do Instituto de Economia da UFRJ (Gesel/UFRJ). As causas do problema ser�o conhecidas em nota que o ONS divulgar� hoje, no Rio de Janeiro.
"� um problema el�trico, conjuntural, que aconteceu em algum conjunto de usinas ou linhas de transmiss�o, que o ONS conseguiu identificar, tanto assim que mandou fazer um corte seletivo", afirmou Castro ao Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado.
Segundo o professor, � imposs�vel especular qual possa ter sido o problema, mas o fato de o ONS ter identificado a ocorr�ncia e ter determinado cortes seletivos, e n�o um desligamento mais amplo do sistema, sugere a baixa complexidade. Al�m disso, a normaliza��o do fornecimento em pouco tempo aponta para algo conjuntural.
Apesar do forte crescimento do consumo de eletricidade nas resid�ncias, sobretudo no Sudeste, por causa do forte calor, dados do ONS sobre a demanda por energia no in�cio do ano sugerem que n�o h� excesso de demanda, afirmou Castro. Nos 15 primeiros dias deste m�s, a demanda geral por energia el�trica caiu 7,1% em rela��o a igual per�odo de 2014. Embora o consumo no mercado regulado, predominantemente residencial, tenha subido 4,8%, no mercado livre (industrial), a queda no consumo foi de 17,5%. "� mais um dado emp�rico que demonstra a tese de que efetivamente n�o teve problema de demanda", afirmou Castro.