O diretor da Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel), Reive Barros, disse nesta ter�a-feira, que os impactos do apag�o desta segunda-feira poderiam ter sido ainda maiores se n�o houvesse uma r�pida atua��o do Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS). Segundo ele, no momento em que o ONS detectou uma queda na frequ�ncia do sistema determinou que as distribuidoras cortassem carga de energia. Esse corte foi feito de forma preventiva, por meio de um processo manual.
"O processo autom�tico seria em um est�gio um pouco maior. Eles atuaram preventivamente preocupados com o consumo na faixa de 88 mil megawatts m�dios, um recorde de consumo", afirmou. "Ent�o, foi programada uma redu��o na faixa de 5% na carga para ter controle sobre o sistema", completou.
Segundo Barros, o corte de carga � feito para que as usinas n�o entrem em colapso. "Quando a capacidade de produ��o � inferior ao consumo, voc� tem problema de baixa de frequ�ncia, o que pode gerar colapso nas usinas", explicou. "Uma coisa � voc� desligar com controle, outra coisa � voc� perder o controle e perder todas as usinas. Nesse cen�rio, o desastre seria maior".
Barros reconheceu que o Pa�s vive um momento de queda nos reservat�rios das hidrel�tricas e elevado consumo, devido �s altas temperaturas no ver�o. "Esses dois fatores fazem com que a altera��o do sistema seja feita com mais cuidado", disse.
O diretor admitiu ainda que as linhas de transmiss�o est�o operando no limite de capacidade devido � transfer�ncia de grandes blocos de energia de uma regi�o para outra. "Temos que ter um cuidado muito grande nessa opera��o do sistema. Como n�o h� uma reserva muito grande, isso tem que ser administrado a cada momento, principalmente � tarde, quando a temperatura aumenta e temos um excesso de utiliza��o de sistemas de ar-condicionado".