S�o Paulo, 23 - O movimento do Banco Central Europeu (BCE) para iniciar um programa de relaxamento quantitativo pode estimular o investimento no Brasil e aumentar a demanda por exporta��es brasileiras, afirmou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em entrevista � Dow Jones Newswires durante o F�rum Econ�mico Mundial em Davos, na Su��a.
Levy minimizou qualquer impacto da recente desacelera��o do crescimento na China. "O que est� acontecendo na China era perfeitamente esperado", disse. Segundo o ministro, o crescimento do Brasil ser� "quase est�vel" em 2015, em meio a uma s�rie de aumentos de impostos e cortes de gastos no Pa�s, bem como em raz�o da expans�o global mais lenta. "N�s temos de lidar com quest�es de curto prazo sobre investimento", disse Levy. "H� v�rias coisas que precisam ser feitas no Brasil."
Um blecaute no Brasil na segunda-feira, 19, levantou receios de que o Pa�s esteja sob risco de um racionamento de eletricidade enquanto lida com uma seca severa. Levy afirmou que ficar� mais claro em um m�s se haver� necessidade de um racionamento de eletricidade, depois do pico do ver�o.
O ministro, por�m, minimizou os baixos pre�os do petr�leo e disse que isso tem um efeito l�quido positivo para a economia. Tamb�m afirmou que a Petrobras est� "bem" no lado da produ��o, at� mesmo aumentando a produ��o, e que, apesar de uma investiga��o de corrup��o na companhia, ela melhorou sua governan�a e sair� "ainda melhor".
Ao Financial Times, Levy falou sobre uma potencialmente controversa reforma de programas sociais. O ministro deixou claro que o Bolsa Fam�lia n�o ser� cortado e comentou que est� confiante em que "no Brasil a maioria das pessoas est� pronta para pagar por servi�os".
Sobre os receios de que a disciplina fiscal e as reformas defendidas por Levy n�o tenham apoio da presidente Dilma Rousseff, o ministro disse que essas d�vidas s�o injustificadas. Segundo ele, Dilma � uma "pessoa muito decidida e entende as escolhas".