Bras�lia, 23 - O setor el�trico deu nesta sexta-feira, 23, mais um sinal de esgotamento, com o estouro do custo de produ��o de energia estipulado pela Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel).
Para o especialista Cristopher Vlavianos, diretor da Comerc Energia, trata-se de mais uma evid�ncia de que medidas sobre o consumo ser�o necess�rias. "A situa��o est� complicada, h� um risco efetivo de falta de abastecimento. � isso o que o sistema sinaliza, � preciso a��es que baixem o consumo, porque a gera��o est� no seu limite", diz Vlavianos.
O chamado Custo Marginal de Opera��o (CMO) � resultado de uma combina��o de fatores. Para chegar a esse custo, a Aneel leva em conta as condi��es hidrol�gicas, a demanda de energia, os pre�os de combust�vel, a entrada de novos projetos e a disponibilidade de equipamentos de gera��o e transmiss�o. Ao fechar essa equa��o, o modelo matem�tico chega a um custo limite para cada regi�o do Pa�s.
Na previs�o de gera��o para a pr�xima semana, o Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS) estabeleceu, para todas as regi�es do Pa�s, custos superiores ao teto de R$ 1.420,34 por megawatt/hora (MW/h). Para o Sudeste/Centro-Oeste e Sul, o custo ficou em R$ 1.445,61 por MW/h. No caso do Nordeste e Norte, o custo foi fixado em 1.420,66 por MW/h.
O conceito � mais facilmente compreendido se o custo limite de R$ 1.420,34 pro MW/h for comparado com a gera��o de uma usina t�rmica. � como se o sistema informasse que, at� este valor, ainda � recomend�vel gerar energia pelas usinas t�rmicas. Quando esse pre�o � ultrapassado, seria preciso recorrer a outras fontes. "Como n�o h� outras fontes, o mais indicado � reduzir a carga, ou seja, o consumo", explica Vlavianos.