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Estado de Minas

Brasil vai demorar a devolver energia � Argentina


postado em 24/01/2015 11:37

Bras�lia, 24 - As importa��es de energia el�trica da Argentina desta semana, embora n�o tenham impacto nas contas externas brasileiras, elevaram a 11 mil megawatts/hora (MWh) a "d�vida" de energia do Brasil com o pa�s vizinho. As compras de 2 mil MWh foram feitas na modalidade "emergencial", ou seja, para suprir a demanda que n�o conseguiu ser atendida pela gera��o nacional.

O acordo entre Brasil e Argentina prev� que "a energia importada deve ser compensada com devolu��o em igual montante" nos casos emergenciais. Dados do Operador Nacional do Sistema (ONS) mostram que o Brasil j� devia 9.185 MWh aos argentinos importados via Garabi 1 e Garabi 2, em Garruchos (RS).

A C�mara de Comercializa��o de Energia El�trica (CCEE) informou que a aquisi��o da Argentina n�o foi uma "quest�o comercial" e n�o envolveu nenhuma transa��o financeira. As importa��es de 2 mil MWh serviram para suportar a escalada do consumo no hor�rio de pico desde ter�a-feira, 20. A �ltima vez em que houve compra de energia do exterior foi em dezembro de 2010.

Tecnicamente, segundo explica��o do ONS, o tipo de aquisi��o feita nesta semana ocorre quando "emerg�ncias no sistema de gera��o ou transmiss�o comprometem o atendimento � carga". A energia recebida da Argentina serviu para abastecer a Regi�o Sul que, durante os dois dias, enviou o m�ximo de sua energia ao Sudeste, informou uma fonte do setor ao Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado.

Como a energia produzida pelas usinas brasileiras tem sido totalmente usada para suprir a demanda nacional, a "devolu��o" dessa carga � Argentina n�o deve ocorrer t�o cedo, ainda mais em um cen�rio de racionamento, como admitido na quinta-feira, 22, pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.

O pr�prio acordo binacional isenta os dois pa�ses de devolver a energia enquanto n�o houver sobras no sistema. Mesmo nos casos em que o parceiro superavit�rio nas transa��es de troca de energia inicie tamb�m uma situa��o de emerg�ncia. Ou seja, com o Brasil ofertando energia no limite da demanda, uma ocorr�ncia do outro lado da fronteira pode ficar sem socorro, mesmo com o "cr�dito" de 11 mil MWh dos vizinho.

H� uma alternativa que pode servir para adquirir eletricidade argentina sem aumentar a "d�vida" com o parceiro: a importa��o pelo sistema de interliga��o de Uruguaiana, no qual o Brasil det�m um cr�dito de 1.153 MWh. O problema � que a usina ga�cha, desligada desde abril de 2014, est� no centro de uma pol�mica com o pr�prio governo argentino, que rompeu o contrato de abastecimento de g�s � planta em 2009.

Balan�a

Se a atual crise energ�tica aumenta o d�ficit de eletricidade do Brasil com a Argentina, h� exatos cinco anos a venda de energia ao Pa�s vizinho ajudou a maquiar o saldo comercial brasileiro. Em janeiro de 2010, o Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior alterou o valor das exporta��es brasileiras de dezembro de 2009, de US$ 13,720 bilh�es para US$ 14,463 bilh�es, com a inclus�o de US$ 758 milh�es referentes � exporta��o de energia para o parceiro.

Com essa mudan�a - e outros ajustes menores nas importa��es -, o saldo comercial naquele m�s subiu de US$ 1,435 bilh�o para US$ 2,178 bilh�es. Consequentemente, o saldo positivo naquele ano passou de US$ 24,615 bilh�es para US$ 25,248 bilh�es. Na �poca, o ent�o secret�rio de Com�rcio Exterior, Welber Barral, disse que as opera��es referiam-se � regulariza��o de exporta��es de energia � Argentina em 2007 e 2008. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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