O estoque de Certificados de Opera��es Estruturadas (COEs) atingiu R$ 3,760 bilh�es nos 12 meses de 2014, primeiro ano do novo instrumento no mercado brasileiro, segundo a Cetip, que registra esses ativos. J� as emiss�es, conforme a c�mara, totalizaram R$ 6,275 bilh�es.
"Esperamos que o volume de emiss�es de COE cres�a ainda mais por conta da introdu��o da oferta p�blica do instrumento que est� em audi�ncia p�blica. Esperamos que ap�s a publica��o das regras por parte da Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM), o que deve ocorrer at� maio, tenhamos um maior crescimento do produto", disse Carlos Ratto, diretor-executivo da Unidade de T�tulos e Valores Mobili�rios da Cetip.
A maior parte tanto das emiss�es de COE como do estoque correspondem a opera��es com capital protegido. Segundo F�bio Zenaro, gerente-executivo de produtos e neg�cios da Cetip, cerca de 95% correspondem a esta modalidade e o restante possuem alguma fatia de risco.
Ele explicou ainda que a maior parte das emiss�es teve prazos longos quando avaliado o estoque. Cerca de 45% do volume financeiro dos COEs tiveram prazo superior a 720 dias (dois anos). Al�m disso, conforme a Cetip, 43,5% foram indexados � infla��o.
Os COEs come�aram a ser emitidos no ano passado, de modo bilateral, ou seja, entre a institui��o financeira emissora e seus clientes. Em setembro passado, a CVM inseriu o novo instrumento no rol de ativos das ofertas p�blicas com esfor�os restritos, dentro da reforma da Instru��o 476/09.
Consolida��o
De acordo com Zenaro, o ano de 2015 ainda ser� de consolida��o dos COEs. Sem precisar n�meros, o executivo disse que espera um "volume significativo" de emiss�es ao longo desse exerc�cio. Dentre os impulsos para as opera��es de COE, conforme Zenaro, est� a regulamenta��o da distribui��o p�blica do produto, em audi�ncia p�blica pela CVM, que termina em 23 de fevereiro. Ainda no primeiro semestre, segundo ele, devem ser publicadas as novas regras que v�o permitir que bancos que n�o t�m rede de distribui��o como, por exemplo, os estrangeiros, e ainda corretoras ingressem neste mercado.
O executivo afirmou ainda que a maior participa��o dos investidores institucionais, como os fundos de pens�o, tamb�m s�o um est�mulo para o crescimento das emiss�es de COEs. Esse p�blico j� pode aportar recursos neste instrumento por meio de um parecer da Superintend�ncia Nacional de Previd�ncia Complementar (Previc), que regulamenta o segmento.
"A expectativa � de que o mercado institucional se desenvolva. Apesar dos juros estarem maiores, com a possibilidade de uma Selic menor no futuro, o COE pode se tornar uma importante alternativa de investimento para as funda��es", acrescentou Zenaro, em teleconfer�ncia com a imprensa. De acordo com Ratto, por�m, ainda falta uma regulamenta��o expl�cita. "As funda��es est�o inaugurando participa��o neste mercado, mas o volume ainda n�o � significativo", disse.
