Bras�lia, 30 - Em pleno per�odo chuvoso, duas importantes hidrel�tricas do Sudeste e do Centro-Oeste entraram em situa��o cr�tica por causa da queda constante do n�vel de seus reservat�rios. No Rio S�o Francisco, a aten��o est� voltada para a Hidrel�trica Tr�s Marias. Localizada na cabeceira do rio, a usina funciona como um regulador de vaz�o da �gua que chega at� os demais reservat�rios do S�o Francisco.
Na �ltima quinta-feira, Tr�s Marias registrava 10,34% da capacidade total de seu reservat�rio. Com capacidade de gerar 396 megawatts (MW), a usina est� com apenas uma de suas seis turbinas em opera��o, entregando somente 36 MW. A ordem do Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS) � armazenar toda �gua que for poss�vel.
No Rio Grande, a preocupa��o � com Furnas, hidrel�trica de 1.216 MW de pot�ncia que tamb�m tem papel crucial na gera��o nacional de energia. Das 8 turbinas de Furnas, 6 ainda est�o em opera��o, mas podem ser alvo de redu��o nas pr�ximas semanas. Para preservar a usina, o ONS j� colocou Furnas no fim da fila de gera��o di�ria. A orienta��o � explorar primeiro todas as outras fontes energ�ticas da regi�o. Em resposta ao Estado, as estatais Cemig e Furnas, respons�veis pelas duas usinas, informaram que t�m seguido as orienta��es t�cnicas de gera��o determinadas pelo ONS.
Racionaliza��o
Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, chegou a dizer que medidas de racionamento ou de racionaliza��o seriam necess�rias caso as hidrel�tricas registrassem n�veis inferiores a 10% de sua capacidade m�xima. Foi exatamente o que acabou de acontecer com Furnas, que na �ltima quinta-feira registrava volume de 9,87% em seu reservat�rio.
Para preservar os estoques de �gua, o ONS tem reduzido o volume que passa pelas turbinas das hidrel�tricas. Em Tr�s Marias, a vaz�o de 140 metros c�bicos por segundo j� foi reduzida no ano passado para 120 m�/s. Em avalia��es recentes, o ONS afirma que "estudos indicam a necessidade de se implementar redu��o adicional em sua deflu�ncia", ou seja, limitar ainda mais o volume de �gua que passa pela barragem. A compara��o do cen�rio atual com o de um ano atr�s nas duas usinas d� uma dimens�o da gravidade do problema hoje.
Em janeiro de 2014, Tr�s Marias acumulava 28% de sua capacidade total de armazenamento; Furnas, 47%. Esses volumes de �gua, no entanto, n�o evitaram que ambas chegassem a n�veis m�nimos durante o per�odo seco, entre maio e novembro. Em outubro, Tr�s Marias agonizou, com apenas 2,89% de sua capacidade. Em Furnas, o armazenamento chegou a 11,64% em novembro. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.