Bras�lia, 30 - A d�vida l�quida do setor p�blico subiu para 36,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em dezembro de 2014 ante 36,2% de novembro. Em dezembro de 2013, estava em 33,6% do PIB. A d�vida do governo central, governos regionais e empresas estatais terminou o m�s passado em R$ 1,883 trilh�o. As informa��es, divulgadas nesta sexta-feira, 30, s�o do Banco Central.
J� a d�vida bruta do governo geral encerrou o ano passado em R$ 3,252 trilh�es, o que representou 63,4% do PIB. Em novembro, essa rela��o estava em 63,0% e, em dezembro de 2013, em 56,7%. O resultado ante o PIB � o maior da s�rie iniciada em dezembro de 2001.
Segundo o BC, a eleva��o da d�vida l�quida em dezembro foi influenciada pelo d�ficit nominal do m�s, que respondeu por eleva��o equivalente a 1,2 ponto porcentual na rela��o d�vida/PIB. Esse movimento, de acordo com o BC, foi compensado, em parte, pelo impacto da deprecia��o cambial de 3,75% no per�odo e que respondeu por uma redu��o correspondente a 0,6 pp.
No ano, os juros nominais, o d�ficit prim�rio e o ajuste da paridade da d�vida externa l�quida contribu�ram para elevar a rela��o d�vida/PIB em 6,1 pp e 0,2 pp do PIB, respectivamente. Em sentido contr�rio, de acordo com o BC, o crescimento do PIB nominal, a desvaloriza��o cambial de 13,4% acumulada no ano e o reconhecimento de ativos contribu�ram para reduzir a rela��o em 1,9 pp, 1,9 pp e 0,1 pp do PIB, respectivamente.
Juros
De acordo com o BC, o setor p�blico consolidado gastou R$ 47,208 bilh�es com pagamento de juros em dezembro. Houve aumento em rela��o �s despesas de R$ 33,522 bilh�es registrado em novembro. O saldo ficou bem acima do que os R$ 24,013 bilh�es vistos em dezembro de 2013.
O governo central (Tesouro Nacional, Previd�ncia Social e Banco Central) teve no m�s passado um gasto com juros de R$ 37,656 bilh�es. J� os governos regionais registraram despesa com esta conta de R$ 9,194 bilh�es, e as empresas estatais tiveram gastos de R$ 358 milh�es.
No acumulado de 2014, o gasto com juros do setor p�blico consolidado somou R$ 311,380 bilh�es, o equivalente a 6,07% do PIB. Em 2013, essas despesas somaram R$ 248,856 bilh�es, o que representou 5,14% do PIB do per�odo.
Swap
O BC contabilizou preju�zo de R$ 17,045 bilh�es com a oferta de hedge ao mercado financeiro em dezembro, levando o resultado de 2014 a ficar tamb�m negativo em R$ 17,329 bilh�es.
Ao longo de 2014, o BC registrou perdas com essas opera��es nos meses de janeiro (R$ 3,920 bilh�es), julho (R$ 2,583 bilh�es), setembro (R$ 18,393 bilh�es) e novembro (R$ 8,724 bilh�es). J� os maiores destaques positivos do ano foram registrados em fevereiro (R$ 8,336 bilh�es), mar�o (R$ 6,206 bilh�es) e outubro (R$ 6,762 bilh�es).
Em 2013, o BC acabou registrando preju�zo com os leil�es de swap da ordem de R$ 1,315 bilh�o. J� em 2012, entraram para o caixa da autarquia R$ 1,098 bilh�o. O Banco Central continuar� com o programa de swaps em 2015 at�, pelo menos, o fechamento de mar�o. Neste primeiro trimestre de 2015, no entanto, a decis�o da autarquia foi a de diminuir o volume da ra��o di�ria pela metade, ficando em US$ 100 milh�es.