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Estado de Minas

Bares e restaurantes de BH v�o abrir todos os dias durante o carnaval

Expectativa do setor � aumentar a receita em 30% durante a festa, que deve atrair 1,5 milh�o de foli�es


postado em 31/01/2015 06:00 / atualizado em 31/01/2015 08:55

Baile semanal no Sion treina equipes, que deverão ser ampliadas (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Baile semanal no Sion treina equipes, que dever�o ser ampliadas (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

O cancelamento da festa de carnaval em algumas cidades do interior de Minas Gerais, que est�o sofrendo com a escassez de �gua, e os pacotes de viagens para Belo Horizonte lan�ados pelas ag�ncias de turismo a pre�os atrativos prometem transformar a folia de Momo em neg�cio de lucro certo para os prestadores de servi�os na capital. Al�m de taxa de ocupa��o prevista em 75% no setor hoteleiro, bares e restaurantes esperam faturar 30% a mais no per�odo da folia. Com isso, pela primeira vez na hist�ria da comemora��o pag� em BH, cerca de 60% dos estabelecimentos v�o funcionar do s�bado � ter�a-feira, para fisgar mais de 1,5 milh�o de pessoas que devem invadir as ruas.

Como nem tudo � serpentina e confete, a procura por fantasias e instrumentos musicais n�o deslanchou, e os lojistas do ramo j� estimam queda de 40% nas vendas, comparadas as do mesmo per�odo de 2013. No campo dos otimistas, a Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) considera que o feriado prolongado tem potencial para entrar no rol dos mais importantes para o setor, ao lado de datas trabalhadas tradicionalmente pelo com�rcio em homenagem �s m�es, pais e namorados. “Nos �ltimos tr�s anos, percebemos uma mudan�a representativa no perfil do consumo nesta �poca. Tanto � que, muitas empresas que n�o funcionavam no ano passado, pretendem abrir suas portas agora”, afirma Lucas T�go, diretor executivo da Abrasel Minas.

Segundo a entidade, s�o 18,6 mil neg�cios de bares e restaurantes em BH e a estimativa � de que, para o carnaval, 60% deles estejam em pleno atividade. “Antes, nem metade disso abria suas portas. As casas noturnas s�o as �nicas que est�o mais resistentes � abrir”, conta. A associa��o prev� movimento maior nos estabelecimentos de bairros como Santa Tereza e Santa Efig�nia, na Regi�o Leste; Savassi, Sion e Santo Ant�nio, no Centro-Sul de BH. S�o �reas da cidade que abrigam blocos e comemora��es de rua. O bar Brasil 41, no Santa Efig�nia, � dos estabelecimentos que se preparam para faturar nesta festa.

Jacira Oliveira reforçou o cardápio e o estoque com 2 mil cervejas (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Jacira Oliveira refor�ou o card�pio e o estoque com 2 mil cervejas (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Quanto aos pre�os das bebidas, o presidente da Abrasel diz que n�o h� motivo para reajustes, mas sim, de promo��es. “Mas � imposs�vel um bar conseguir o mesmo valor pedido por um vendedor ambulante, que n�o paga aluguel e nem oferece servi�os agregados”, defende-se. Aos 74 anos, Jacira Oliveira, mais conhecida como dona Jacira, dona do bar, conta que no carnaval milhares de pessoas se re�nem �s portas da casa, numa rotina que tem se repetido todos os anos. A folia de 2015 come�ou mais cedo e h� tr�s semanas, os blocos carnavalescos j� est�o fazendo uma esp�cie de “esquenta” bem em frente ao Brasil 41.

Para os dias oficiais da festa, dona Jacira espera que o movimento triplique e, por isso, abrir� todos os dias mais cedo. “Pelo menos, 20 blocos v�o passar por aqui”, afirma, animada. O faturamento chega a subir 30% neste per�odo, e ela j� ter� novidades no card�pio, como a oferta de espetinhos, para atender a clientela foli�. “Testamos isso no ano passado e deu certo. Agora, faremos nos quatro dias e a oferta ser� maior. J� temos mais de 2 mil garrafas de cerveja no estoque e vamos comprar mais, j� que, desta vez, a festa promete”, comenta.

ATRA��ES De acordo com a Abrasel, as estrat�gias dos bares v�o desde a prepara��o de novos pratos, em geral, comidas mais simples para o consumidor dar conta da folia, at� a amplia��o do quadro de funcion�rios. “A expectativa � de que haja contrata��es para ampliar em cerca de 10% a m�o de obra dos estabelecimentos, onde houver maior demanda”, afirma Lucas T�go.

Outra estrat�gia dos estabelecimentos � criar o pr�prio bloco. Isso � o que far�o os s�cios do bares Gilboa e J�ngal, que investiram alto para que os estabelecimentos tamb�m entrem no roteiro da folia. Evitando a competi��o com os blocos de rua mais tradicionais da cidade, eles v�o fazer uma festa carnavalesca no domingo de carnaval. “ Vamos fechar o Gilboa e abriremos somente o J�ngal. Haver� o bloco Jangal Love, com banda, bebidas, entre outros atrativos”, conta um dos s�cios, Frederico Giacomini. Os comerciantes investiram cerca de R$ 20 mil. “Para atender todo o p�blico, teremos o dobro de funcion�rios trabalhando”, conta Giacomini.

Al�m da festa do Momo, os s�cios investiram no pr�-carnaval da cidade. �s quartas-feiras, eles promovem no bar Gilboa o evento batizado de Baile da Teresa. “Estamos nesse ritmo desde o in�cio de janeiro e a festa aumenta em 30% nosso faturamento. Desde a abertura do Gilboa, h� seis meses, esse tem sido o nosso melhor per�odo”, revela Giacomini.

 

Lojistas reclamam de vendas em baixa

 

A festa do Momo deste ano servir� como um term�metro para o com�rcio, na avalia��o do presidente da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Bruno Falci. A folia de 2015 ser� o teste para que o setor se decida pela autoriza��o para abrir as portas nas segundas-feiras de carnaval. “Vamos conversar sobre isso logo depois do evento. Os bares, restaurantes e o setor de turismo j� v�m ganhando com a folia”, diz. O com�rcio n�o funciona �s segundas-feiras de carnaval em raz�o de acordo com o sindicato dos trabalhadores.

A procura por fantasias e instrumentos musicais est� abaixo do esperado. O Estado de Minas percorreu as tradicionais lojas do segmento em BH, onde as queixas predominam nos balc�es de atendimento. Em lojas tradicionais, como a Serenata, que comercializa instrumentos musicais, o movimento se mant�m. Por�m, nos estabelecimentos ao redor o mesmo n�o ocorre e os comerciantes afirmam ter tido queda nas vendas em rela��o ao ano passado. Sobram tamborins e pandeiros.

Na Mega Festas Ltda, especializada em fantasias e adere�os, o movimento � bem diferente do que o consumidor carnavalesco est� acostumado. “Nessa mesma �poca, no ano passado, n�o havia como entrar na loja (instalada no Centro da Cidade). At� agora, n�o tivemos a mesma procura”, comenta a propriet�ria do local, Jane Prates. Ela acredita que o per�odo de f�rias e os impostos cobrados neste in�cio de ano contribu�ram para a redu��o das vendas. “O carnaval � o meu Natal e tenho esperan�a que tudo melhore em fevereiro, porque minha expectativa era superar as vendas do ano passado, mas ainda n�o chegamos nem perto disso”, compara.

Para o consumidor, al�m das lojas mais tranquilas, os pre�os tamb�m est�o mais competitivos. A estudante Estela Roberta, depois de pesquisar bastante, observou que uma fantasia de haviana no Centro da cidade pode custar R$ 20 ou R$ 45, dependendo do local. “� preciso pesquisar muito, mas, em geral, os pre�os est�o razo�veis. Tanto � que estou levando muitas fantasias para revender em Campinas (SP), onde moro. L�, uma fantasia completa de havaiana, por exemplo, custaria R$ 145. Aqui, consegui por R$ 35”, diz. (LE)


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