A infla��o de 1,62% registrada pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) em janeiro de 2015 foi a taxa mensal mais expressiva para a cidade de S�o Paulo desde janeiro de 2003, quando o indicador geral do per�odo, ainda pressionado pelos impactos da forte valoriza��o do d�lar ante o real naquela ocasi�o, alcan�ou a marca de 2,19%. A informa��o consta da base de dados hist�ricos da Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe).
O resultado ficou dentro das estimativas dos economistas do mercado consultados na v�spera pelo AE Proje��es, j� que eles esperavam taxa entre 1,32% e 1,79%. Este intervalo gerou mediana de 1,60%, n�mero que tamb�m representava a expectativa oficial da Fipe para janeiro.
Tanto os economistas como o instituto paulistano j� trabalhavam com um cen�rio de infla��o elevada por causa da s�rie de reajustes observados no in�cio de 2015, principalmente os relacionados �s tarifas de �nibus, metr� e trens, al�m do aumento no pre�o dos cigarros e das mensalidades escolares. Houve ainda uma importante influ�ncia sazonal de alta nos pre�os do grupo Alimenta��o, por causa das chuvas intensas do come�o de ano e, especificamente em 2015, pelo forte calor e pela seca fora do normal em algumas regi�es.
Tamb�m no fim de janeiro, um fator que ainda caminhava mais devagar no IPC, em fun��o da metodologia da Fipe, come�ou a aparecer de uma maneira mais clara na infla��o paulistana: o aumento no item energia el�trica, devido, entre outros fatores, do conceito de bandeiras tarif�rias e do ajuste mensal de PIS/Cofins determinado pela Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel).
A maior press�o para o aumento da infla��o no m�s passado veio do grupo Transportes, que apresentou alta de 4,15% (ante eleva��o de 0,31% em dezembro) e contribuiu com 0,72 ponto porcentual de todo o IPC de 1,62%. Isso significa que, se fosse retirado aumento do grupo da taxa, a infla��o de janeiro seria de 0,90%.
O grupo Alimenta��o avan�ou 1,57% (ante 0,47% de dezembro) e tamb�m teve importante participa��o na taxa geral: de 0,36 ponto porcentual. O grupo Educa��o, por sua vez, apresentou aumento de 6,86% (ante 0,04% de dezembro) e respondeu por 0,25 ponto porcentual de toda a infla��o.
No caso da Habita��o, que subiu 0,41% em janeiro ante queda de 0,09% em dezembro, a contribui��o para o IPC foi de 0,13 ponto porcentual. Outro grupo que mereceu destaque foi o de Despesas Pessoais, que captou o aumento do pre�o dos cigarros, avan�ou 1,16% (ante 0,87% de dezembro) e respondeu por 0,14 ponto porcentual de toda a infla��o.
O grupo Sa�de apresentou eleva��o de 0,48%, menos expressiva que a de 0,54% de dezembro e que representou 0,04 ponto porcentual do IPC. O grupo Vestu�rio foi o �nico a cair em janeiro (0,21%) e quase recuperou a alta de 0,27% de dezembro. O movimento de queda gerou um pequeno al�vio de 0,01 ponto porcentual para a infla��o.