O presidente da Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse nesta quinta-feira, durante coletiva de imprensa para apresentar o desempenho do setor em janeiro, que tem visto por parte das montadoras brasileiras uma "busca intensa" para manuten��o do n�vel de emprego, apesar dos cortes recentes, seja por meio de demiss�es ou por planos de desligamento volunt�rios (PDVs). Em janeiro, a ind�stria automotiva eliminou 404 vagas. Em 2014, foram eliminadas 12,4 mil vagas no setor.
Moan defendeu que todos os mecanismos utilizados pelas empresas, como f�rias coletivas, banco de horas, lay-off (suspens�o tempor�ria dos contratos de trabalho) e licen�as remuneradas visam a prote��o ao emprego. "O funcion�rio que trabalha no setor automotivo � altamente qualificado, portanto, fruto de investimentos. A decis�o de usar esses mecanismos � de cada montadora, mas temos visto uma busca intensa pela manuten��o do n�vel de emprego", afirmou.
Exporta��es
O presidente da Anfavea afirmou ainda que a entidade espera ter um "quadro melhor" de exporta��es no segundo semestre deste ano, quando alguns acordos comerciais de redu��o de tarifas com outros pa�ses devem estar fechados. Em janeiro, as vendas externas em valores ca�ram 26,9% em rela��o ao mesmo m�s do ano passado e 9,5% ante dezembro.
Sobre o acordo com o M�xico, ele afirmou que a associa��o aguarda posi��o do governo brasileiro para os pr�ximos 10 dias, para que a entidade possa iniciar as negocia��es com o setor privado mexicano. Moan informou tamb�m que, na semana passada, a Anfavea se reuniu com representantes da Col�mbia e que aguarda uma proposta de consenso entre o setor privado brasileiro e colombiano para ser entregue aos governos dos dois pa�ses.
O executivo destacou ainda que o governo brasileiro prometeu "acelerar as negocia��es" com a Argentina, principal destino das exporta��es brasileiras. O acordo comercial de vendas entre os dois pa�ses est� previsto para acabar no fim de junho. Moan lembrou que o Plano Nacional de Exporta��o, o qual a Anfavea est� ajudando a montar, tamb�m dever� melhorar o perfil de exporta��o do setor automotivo, caso o governo adote de fato as medidas.
Petrobras
Moan afirmou tamb�m que a entidade tem acompanhado "com extrema preocupa��o" a crise na Petrobras. O presidente da Anfavea disse esperar "uma r�pida solu��o" para os problemas na petrol�fera. "Acompanhamos o assunto com extrema preocupa��o e na expectativa de r�pida solu��o. Enquanto n�o tiver uma solu��o final, a credibilidade do mercado brasileiro acaba sofrendo", afirmou o executivo, evitando polemizar o assunto.
Energias
O executivo disse que a ind�stria automobil�stica trabalha "permanentemente" no "uso mais racional" de todas as energias que o setor precisa. Ele citou que algumas associadas est�o investindo em parques de energia e�lica e na instala��o de paredes transl�cidas, que geram redu��o de cerca de 60% do consumo de energia.
Durante a coletiva, Moan apresentou balan�o feito pela entidade que mostra que o segmento reduziu em 37% o consumo de energia por unidade produzida, entre 2001 e 2013, ao passar de 1.389 kWh para 872 kWh. J� o consumo de �gua caiu 29% entre os anos de 2008 e 2011, ao recuar de 5,5 para 3,3 metros c�bicos por unidade.
O balan�o aponta ainda que os res�duos s�lidos descartados pela ind�stria automobil�stica diminu�ram 43% entre 2004 e 2013, ao passar de 348,5 quilos por unidade 202,05 quilos. "A ind�stria automotiva, independentemente dessa crise atual, trabalha permanentemente no uso mais racional de todas as energias e todas as facilidade que precisamos", afirmou.