O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta quinta-feira, 5, que o governo estuda ampliar o per�odo de vig�ncia do hor�rio de ver�o. Segundo ele, o regime vigoraria um m�s a mais al�m de 22 de fevereiro, data quando deveria acabar.
Em vigor desde 19 de outubro do ano passado, o hor�rio de ver�o � aplicado em dez Estados (Goi�s, Esp�rito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paran�, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, S�o Paulo) e Distrito Federal. Durante o hor�rio de ver�o, os rel�gios s�o adiantados em uma hora.
Segundo o ministro, em entrevista exclusiva ao Jornal Nacional, ser� realizada uma reuni�o na quinta-feira da semana que vem (12) para que seja tomada uma decis�o. A hip�tese de estender o hor�rio de ver�o leva em considera��o a crise do setor el�trico, agravada pela pouca chuva verificada no Sudeste e Centro-Oeste recentemente, o que tem afetado os n�veis dos reservat�rios das hidrel�tricas.
De acordo com registros do ONS, com uma hora a mais de luz natural, a demanda no hor�rio de pico diminui 2.065 MW no subsistema Sudeste/Centro-Oeste e 630 MW no subsistema Sul, correspondendo a uma redu��o de 4,6% e 5,0%, respectivamente. Na edi��o anterior, a ado��o do hor�rio especial permitiu economia de R$ 400 milh�es.
Ontem, o Comit� de Monitoramento do Setor El�trico (CMSE) aumentou de 4,9% para 7,3% o risco de desabastecimento de eletricidade na regi�o Sudeste/Centro-Oeste neste ano. A altera��o significa a admiss�o de que o risco de falta de luz ultrapassou o limite de 5% tolerado pelo Conselho Nacional Pol�tica Energ�tica (CNPE). Para a regi�o Nordeste, o risco manteve-se est�vel em 1,2% neste ano. Esses n�meros consideram a s�rie hist�rica de chuvas dos �ltimos 82 anos.
Na entrevista exibida no JN, Braga ressaltou ainda que a termel�trica de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul refor�ar� o abastecimento ao sistema el�trico nacional. Essa usina est� localizada na fronteira com a Argentina e, para funcionar, depende de um gasoduto que corta o pa�s vizinho.
Originalmente, essa termel�trica foi constru�da considerando a possibilidade de ser abastecida com g�s argentino, mas o fornecimento foi suspenso. Diante dessa situa��o, o Brasil levou navios com g�s at� Bah�a Blanca, no litoral argentino, e de l�, pelo gasoduto, o combust�vel foi transportado at� a termel�trica de Uruguaiana. A usina tem capacidade instalada de 639 MW.