Os novos valores das bandeiras tarif�rias poder�o representar aumento de quase R$ 6,5 bilh�es na arrecada��o prevista pela Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel). De acordo com Tiago de Barros Correia, diretor da ag�ncia, a previs�o era, no pior cen�rio, obter montante m�ximo de R$ 10,6 bilh�es. Com o acr�scimo, o montante pode atingir R$ 17 bilh�es.
O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, informou que a bandeira n�o representa necessariamente aumento de custo. Segundo ele, a bandeira apenas antecipa custos que teriam de ser repassados em outro momento, mas sem a incid�ncia de juros.
“A bandeira aprimora a forma de repassar o custo j� existente ao consumidor. Na pr�tica, n�o � aumento, porque o custo seria repassado posteriormente, com acumulado do ano e remunera��o pela Selic. Portanto [no formato antigo], o consumidor, al�m de pagar o custo com defasagem, pagava com remunera��o. Com a bandeira, ele n�o paga o custo financeiro”, disse Rufino.
Tiago Correia lembrou que a bandeira tarif�ria � tamb�m um instrumento de comunica��o das distribuidoras e da Aneel com o consumidor. “Se o consumidor aproveitar o sinal de pre�o para consumo mais consciente, ajudar� a reduzir o pre�o da conta de luz. Estudos da Aneel mostram que 66% do consumo se concentram basicamente em ar-condicionado, chuveiro e geladeira.”
Ele acrescentou que s�o tr�s itens aos quais o consumidor tem de ficar atento, porque uma redu��o no consumo permitir� que a bandeira vermelha n�o permane�a ao longo de todo o ano.
Sobre a possibilidade de o Minist�rio de Minas e Energia prorrogar por um m�s o hor�rio de ver�o, Rufino afirmou que a quest�o n�o passa pela Aneel. "A n�s cabe apenas contribuir e subsidiar autoridades por meio de simula��es. Estudos j� est�o sendo feitos, mas s� a conclus�o nos mostrar� se vale a pena diminuir o prazo”, concluiu Rufino.