O com�rcio varejista do pa�s fechou o ano passado com crescimento acumulado de 2,2% no volume de vendas, em compara��o ao resultado acumulado de 2013 (4,3%), no volume de vendas da s�rie sem ajuste sazonal. J� a receita nominal do setor fechou 2014 com crescimento de 8,5%.
Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal do Com�rcio, divulgada hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), e indicam que entre as oito atividades do varejo, cinco registraram taxas positivas, em rela��o ao ano anterior.
O principal destaque foi o segmento de outros artigos de uso pessoal e dom�stico (que engloba lojas de departamentos, �tica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc), que registrou varia��o no volume de vendas de 7,9% em 2014, em rela��o ao ano anterior, sendo este o principal impacto positivo no resultado anual do setor.
Tamb�m se destacaram as atividades do item artigos farmac�uticos, m�dicos, ortop�dicos e de perfumaria, que registrou crescimento de 9% em rela��o ao ano anterior e que deu a segunda maior contribui��o � taxa anual do varejo. O item Hipermercados, supermercados, produtos aliment�cios, bebidas e fumo cresceu 1,3%, o terceiro maior impacto na forma��o da taxa geral do varejo.
Segundo o IBGE, apesar do crescimento do segmento de hipermercados, entre 2014 e 2013, houve decl�nio na taxa de expans�o entre os dois per�odos, uma vez que em 2013 o aumento foi 1,9% em rela��o a 2012.
“Isso pode ser explicado pela desacelera��o do crescimento da massa real de rendimento, com taxa de varia��o de 1,4% em 2014 contra os 2,4% de 2013, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego [PME]”, tamb�m do IBGE.
A quarta maior contribui��o � taxa global do varejo foi verificada no item combust�veis e lubrificantes, que apresentou, em 2014, resultado positivo no volume de vendas de 2,6% em rela��o ao ano anterior. “O desempenho foi influenciado pelo comportamento dos pre�os dos combust�veis, cujo aumento no ano foi 4,9% contra a m�dia geral de 6,4%, segundo o �ndice de Pre�o ao Consumidor Amplo, o IPCA”, outro indicador do IBGE.
Com varia��o de -1,7% a atividade de equipamentos e materiais para escrit�rio, inform�tica e comunica��o exerceu impacto nulo no resultado do varejo. “Esse resultado negativo foi influenciado pelo menor ritmo de expans�o do cr�dito que, segundo o Banco Central, passou em 12 meses de 7,8% em dezembro de 2013 para 4,7% em dezembro de 2014, bem como pelo aumento da taxa de juros j� citado anteriormente”, ressaltou o Instituto.
Duas atividades registraram influ�ncia negativa no resultado e ambas exerceram a mesma magnitude de impacto: tecidos, vestu�rio e cal�ados, com taxa de -1,1% em rela��o ao ano anterior, e livros, jornais, revistas e papelaria, com -7,7%, que “podem ser explicados, em parte, pela redu��o do ritmo de crescimento da massa salarial”, diz o IBGE
J� o Com�rcio Varejista Ampliado – que inclui as atividades de ve�culos, motos, partes e pe�as, e de material de constru��o – apresentou em 2014 varia��o de -1,7% sobre o ano anterior, depois de uma expans�o de 3,6% em 2013. Essa desacelera��o deveu-se � queda das vendas de ve�culos, motos, partes e pe�as (-9,4%, em 2014, contra 1,4% em 2013). “Os fatores que justificaram esse resultado foram a diminui��o do ritmo de cr�dito, a gradual retirada dos incentivos via redu��o do IPI, a eleva��o da taxa de juros e a restri��o or�ament�ria das fam�lias”, explica nota do IBGE.
As informa��es do IBGE indicam, ainda, que o Com�rcio Varejista Ampliado fechou 2014 com crescimento na receita nominal de 3,9%.