O presidente do Banco do Brasil (BB), Alexandre Corr�a Abreu, avaliou hoje que setores ligados � Opera��o Lava-Jato, como o de �leo e g�s e o de constru��o, n�o ter�o impacto nas opera��es de cr�dito da institui��o neste ano. Ele destacou que as proje��es do banco apontam para um crescimento entre 7% e 11% das opera��es que envolvem pessoa jur�dica. “N�o � um n�mero pequeno quando se compara a padr�es mundiais. Ou seja, � inferior ao ritmo de crescimento que n�s vinhamos tendo, mas n�o � desprez�vel”, avaliou durante a divulga��o dos dados do quarto trimestre de 2014.
Em rela��o ao setor de �leo e g�s, Abreu destacou que a institui��o n�o comenta a situa��o espec�fica de uma empresa, neste caso a Petrobras. Ele informou que o setor inteiro dispor� de R$ 41 bilh�es para empr�stimo, o que representa 5% da carteira de cr�dito total. “Consideramos que o nosso n�vel de exposi��o para este setor � compat�vel com a import�ncia que ele tem para a economia e com a participa��o e o cr�dito de mercado que n�s temos. Dessa forma, n�s temos absoluta tranquilidade e achamos que n�o teremos nenhum problema maior por causa desse setor especificamente”, avaliou o presidente.
A mesma postura foi adotada em rela��o ao setor de constru��o civil, que envolve as empreiteiras citadas na opera��o de combate � corrup��o da Pol�cia Federal. “N�o vemos nenhum risco adicional em rela��o aos demais riscos da economia que j� h� normalmente nesta �rea”, destacou Abreu. Ele acrescentou que o percentual de participa��o da constru��o civil na carteira de cr�dito do banco � 2,1%. Os resultados divulgados indicaram um crescimento de 9,9% nas opera��es para empresas, fechando o ano com um valor de R$ 354,1 bilh�es.
O balan�o registrou lucro l�quido de R$ 3 bilh�es no quarto trimestre de 2014. Na compara��o com o terceiro trimestre, quando o montante foi R$ 2,8 bilh�es, houve incremento de 4,7% no lucro l�quido. A remunera��o dos acionistas no fechamento do ano atingiu R$ 1,2 bilh�o, o equivalente a 40% do lucro l�quido. Para o presidente do banco, o resultou ficou acima das expectativas de consenso do mercado. “Temos um cen�rio desafiador [em 2015], mas com expectativas positivas em rela��o ao desempenho do Banco do Brasil e ao exerc�cio da sua fun��o no desenvolvimento do pa�s”.
Em rela��o � inadimpl�ncia, os �ndices do BB ficaram abaixo dos patamares do Sistema Financeiro Nacional. No fechamento de dezembro, as opera��es vencidas h� mais de 90 dias representavam 2,03% da carteira de cr�dito. No mesmo per�odo, o sistema nacional registrou �ndice de 2,9%. O cr�dito imobili�rio, por sua vez, cresceu 59,1% em dezembro de 2014 na compara��o com o mesmo per�odo do ano anterior, atingindo saldo de R$ 38,8 bilh�es.