O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, reiterou na tarde desta quarta-feira, o compromisso da equipe econ�mica com o cumprimento da meta de super�vit prim�rio na propor��o de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Barbosa fez essa afirma��o ao ser questionado pelo Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, sobre qual seria sua resposta para alguns analistas do mercado financeiro que j� est�o colocando em d�vida a capacidade do governo de cumprir a meta - at� mesmo pela dificuldade de se aprovar no Congresso tal objetivo.
"Eu acho que as pessoas est�o impactadas com o resultado do ano passado. Mas n�s j� sab�amos que o resultado fiscal do ano passado tenderia a ser um d�ficit. Mas mantemos nosso compromisso com a meta de 1,2% (do PIB)", disse Barbosa, ap�s ter feito palestra para um grupo de 800 investidores e clientes do banco BTG Pactual.
O ministro voltou a dizer que o governo j� tomou as medidas necess�rias do lado do or�amento financeiro do BNDES, do gasto obrigat�rio e fez minirreformas no seguro-desemprego, aux�lio-doen�a e gastos discricion�rios. De acordo com Barbosa, quando o Congresso aprovar o or�amento, o governo vai efetivar o contingenciamento necess�rio para cumprir a meta.
"O governo vai adotar as medidas para cumprir a meta que o Congresso fixou. A meta de 1,2% do PIB n�o � da equipe econ�mica, � uma meta fixada na Lei de Diretrizes Or�ament�rias (LDO), que foi aprovada pelo Congresso", disse Barbosa. Ele refor�ou que a meta de super�vit prim�rio de 1,2% do PIB � uma meta que o Estado brasileiro atribuiu a si mesmo e que cabe ao governo tomar as medidas para cumpri-la.
Perguntado se o governo pretende negociar com as centrais sindicais as altera��es nos benef�cios trabalhistas, Barbosa disse que a posi��o do governo continua a mesma; "Propusemos medidas no tamanho necess�rio e adequado para aperfei�oar esses programas", disse, ao se referir ao abono salarial, seguro-desemprego e aux�lio-doen�a, entre outros.
Ainda segundo o ministro, o Congresso tem seu papel nessa discuss�o e � natural que se fa�a emendas. "S� para lembrar, na MP dos Portos foram feitas mais de mil emendas e n�s vamos defender as medidas no Congresso e esperamos convencer os parlamentares de que elas foram propostas no tamanho necess�rio para aperfei�oar os programas trabalhistas e contribuir para o esfor�o fiscal que temos de fazer nesse ano", disse Barbosa.
Ele disse tamb�m que ainda n�o foram indicados os relatores para a discuss�o da altera��o dessas medidas. "Quando forem indicados os relatores das MPs, vamos fazer uma audi�ncia em que os ministros v�o defender as medidas", disse Barbosa, acrescentando que, paralelamente a isso, o governo j� est� agendando conversas com as lideran�as das principais bancadas dos principais partidos e diz ter argumentos bem s�lidos para convenc�-los.