S�o Paulo, 18 - N�o bastasse o aumento dos encargos na conta de luz, algumas empresas tamb�m est�o lidando com o fim dos contratos de energia com as geradoras. Na d�cada passada, quando o mercado livre se popularizou, companhias de v�rios portes deixaram o ambiente regulado das distribuidoras, onde as tarifas estavam nas alturas, para se tornarem consumidores livres. Nesse ambiente, eles podiam negociar diretamente com o gerador contratos de longo prazo a pre�os mais atraentes para garantir a competitividade da empresa.
Mas, com a atual crise h�drica aliada ao rombo das distribuidoras, que, depois da renova��o das concess�es, ficaram sem contratos para atender seus clientes, os pre�os no mercado � vista explodiram e a oferta de energia secou. Empresas que tinham contratos vencendo no ano passado ou neste ano passaram a viver um dilema. Para fechar outro contrato, t�m de aceitar um valor elevado por cinco ou dez anos, correndo o risco de no ano que vem chover bastante e o pre�o da energia no mercado � vista despencar, diz o s�cio da CMU Energia, Walter Fr�es.
Por outro lado, se n�o fecharem contrato, ter�o de ir ao mercado � vista e pagar R$ 388 o megawatt-hora (MWh), al�m de algumas penalidades. �O mercado est� com pouca disponibilidade de energia. Quem tem est� pedindo pre�o mais alto que o PLD (pre�o do mercado � vista, em R$ 388)�, diz o s�cio da Enecel, Raimundo Batista.
Segundo ele, muitas empresas est�o no mercado spot por n�o conseguir um novo contrato. Para baixar o consumo, est�o reduzindo a produ��o e podem at� fechar unidades, destaca Batista. Outro efeito da crise e dos altos pre�os � que algumas empresas que tinham contrato de longo prazo optaram por vender a energia no mercado spot, reduzir a produ��o e embolsar o dinheiro. Exemplo disso � que em 2014 o consumo do mercado livre caiu 10%. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.